Anamnese ocupacional: o que é, qual a importância e como fazer?

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A anamnese ocupacional faz parte da rotina de saúde ocupacional de qualquer empresa. É um processo pelo qual todos os colaboradores passam, seja no momento da admissão, na realização de um exame periódico ou no desligamento.

De acordo com a NR-7, todos os exames ocupacionais previstos pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) devem envolver a realização de uma anamnese ocupacional. 

No geral, são perguntas bem simples sobre o estado de saúde da pessoa que orientam o médico do trabalho a fazer uma avaliação mais completa.

No sistema da Salú, a anamnese é preenchida logo depois que o colaborador faz o autoagendamento do exame.

Neste texto, iremos explicar a importância dessa etapa prévia aos exames ocupacionais e como funciona a anamnese ocupacional com a Salú. Boa leitura!

O que é anamnese ocupacional? 

A anamnese é uma parte fundamental de exames ocupacionais – como o admissional, de retorno ao trabalho, periódicos e demissional. Ela consiste em uma entrevista realizada pelo médico do trabalho com o objetivo de colher informações sobre a saúde do colaborador.

Na anamnese, o médico interroga a pessoa sobre sua história clínica e profissional, seus hábitos de vida, entre outros aspectos relevantes para a prevenção e diagnóstico de doenças ocupacionais.

Essa etapa é importante para definir a ordem de exames a serem realizados pelo colaborador, caso seja necessária alguma investigação de saúde mais especializada.

Com as informações coletadas durante a anamnese, o médico do trabalho pode orientar a empresa e o colaborador sobre medidas preventivas necessárias. 

Geralmente, essas medidas estão relacionadas às diretrizes das normas regulamentadoras como a utilização de equipamentos de proteção individual, condições de ergonomia ou a realização de pausas durante a jornada de trabalho.

O que é perguntado na anamnese? 

As perguntas feitas durante a anamnese podem variar de acordo com o tipo de exame, riscos apresentados pela função, histórico profissional de saúde, entre outros fatores.

No geral, o médico do trabalho conduz a consulta de maneira que seja possível obter as respostas necessárias para compor um diagnóstico de aptidão ou inaptidão da pessoa avaliada para assumir uma determinada ocupação.

Para isso, é importante que o médico do trabalho busque informações sobre a vida do colaborador como um todo. Isso significa entender os hábitos de saúde que cada pessoa tem para além do trabalho, por exemplo:

  • Frequência de exercícios físicos
  • Qualidade de sono
  • Tipo de alimentação
  • Saúde sexual
  • Saúde mental
  • Tabagismo e consumo de álcool
  • Uso de medicamentos
  • Alergias
  • Histórico de cirurgias
  • Doenças crônicas

Além disso, também é fundamental questionar sobre as especificidades da atividade que a pessoa desempenha. Nesse sentido, podem ser feitas perguntas sobre:

  • Os riscos envolvidos no trabalho
  • Os equipamentos de proteção individual utilizados
  • A exposição a substâncias químicas, ruído, vibração ou radiações
  • Fatores que possam comprometer a saúde do colaborador e provocar doenças ocupacionais como LER, DORT e Burnout.

Geralmente, o médico responsável deve buscar compreender com profundidade quais são as atividades realizadas na ocupação da pessoa avaliada, para conseguir fazer as perguntas certas e avaliar corretamente os riscos ocupacionais.

Exames complementares

A partir das informações coletadas na anamnese, o médico do trabalho pode solicitar a realização deexames complementares.

Esses exames tem como objetivo investigar condições de saúde mais específicas que podem ser afetadas pelo exercício da atividade profissional.

Alguns exemplos de exames complementares são: audiometria, acuidade visual, eletrocardiograma (ECG), ressonância e hemograma.

Técnicas para anamnese

O médico pode adotar diferentes técnicas para a anamnese.

O interrogatório cruzado é quando o profissional de saúde pergunta de maneira restrita e “roteirizada” para obter as informações de saúde do paciente. Nesse caso, as respostas tendem a ser mais objetivas. 

Já com a técnica da escuta, a pessoa que realiza a anamnese consegue estruturar as perguntas a partir das informações apresentadas pelo próprio paciente, possibilitando uma participação mais dinâmica e colaborativa com quem está sendo entrevistado. 

Quais as etapas da anamnese ocupacional?

Apesar das variações serem comuns, existem partes constituintes básicas de qualquer anamnese, entre elas:

Dados de identificação

Coleta de informações como nome, endereço, idade, gênero, raça, profissão, estado civil. Esses dados são importantes para avaliação de enfermidades e para que seja possível, no futuro, observar se alguma eventual alteração tem relação com o trabalho. 

Objetivo principal

Uma anamnese para o exame admissional é diferente da anamnese de um exame de retorno ao trabalho, por exemplo. Nesse sentido, as condições a serem avaliadas dependem do objetivo do exame. O médico precisa ter atenção aos sintomas apresentados pela pessoa, pois isso influenciará na emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO)

Diagnósticos

Caso o paciente apresente alguma doença que o esteja afetando no momento, principalmente se for em decorrência do trabalho, é importante que sejam feitos questionamentos sobre os sintomas, o agravamento do quadro, o tratamento que foi adotado, etc. Tudo o que for necessário para  identificar de que maneira a doença pode influenciar na vida no trabalho e fora dele. Esses questionamentos também servem para reavaliar o tratamento adotado, se for o caso. 

Histórico de doenças

O médico também precisa levantar informações sobre doenças que ocorreram no passado tanto pelo paciente quanto por seus familiares. Faz parte da anamnese identificar patologias não tratadas, interações medicamentosas e doenças hereditárias na família. Também é papel do médico averiguar a ocorrência de procedimentos cirúrgicos, vacinas tomadas, internações, alergias e problemas familiares como questões psiquiátricas, diabetes e câncer.

Perfil do paciente

Identificar os hábitos e a rotina de vida do paciente na anamnese faz diferença para mapear riscos de saúde. Saber se a pessoa fuma, bebe ou faz uso de substâncias, assim como detalhes de sua dieta e se tem uma vida sedentária ou ativa, podem fornecer informações esclarecedoras sobre o quadro de saúde do paciente. 

Anamnese ocupacional é com a Salú!

Os sistemas Salú são um grande diferencial tanto para o colaborador, que precisa passar pela anamnese em exames ocupacionais, quanto para a empresa, que precisa de dados atualizados sobre a saúde populacional. 

No momento em que é registrada no sistema, a pessoa responde a uma série de perguntas de identificação (nome, peso, altura, etc) e questionamentos básicos as condições de saúde: 

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As informações fornecidas no Sistema Salú ficam disponíveis para consulta do médico do trabalho no momento da consulta, servindo como um guia para orientar a conversa e o entendimento acerca das questões de saúde. 

A anamnese também é importante para a gestão da saúde ocupacional nas empresas, pois permite o monitoramento da saúde dos colaboradores ao longo do tempo. 

Com base nas informações coletadas durante os exames ocupacionais, é possível identificar tendências e padrões de adoecimento, o que pode indicar a necessidade de medidas preventivas mais efetivas.

No Portal RH da Salú, os dados ficam à disposição do RH. Dessa maneira, a empresa consegue visualizar dashboards com as condições gerais de saúde da população e direcionar ações específicas. Esse tipo de insight é muito útil na organização da SIPAT, pois facilita na escolha da programação. 

Incrível, não é?! Quer saber de que maneira a Salú usa inteligência de dados para facilitar o dia a dia do RH? Marque um bate-papo com a gente!

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