De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, as lesões por esforço repetitivo (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) estão entre as causas mais comuns de afastamento das atividades laborais.
Essas duas siglas se referem a doenças ocupacionais que afetam, sobretudo, os membros superiores, e podem ser causadas por diversos fatores, desde esforço excessivo a fatores psicológicos.
Por conta dos impactos sociais e econômicos causados por essas doenças, é de extrema importância discutir formas de evitar que casos assim continuem crescendo.
Qual a diferença entre LER e DORT?
É muito comum confundir as duas siglas já que, muitas vezes, são usadas como sinônimos. E a verdade é que a grande diferença entre LER e DORT é a terminologia.
Antigamente, era utilizada somente a sigla LER, até que em 1998, na revisão de sua norma técnica, a Previdência Social passou a usar DORT para chamar a atenção para o fato de que as lesões causadas por esforço repetitivo têm relação com atividades laborais.
Além de ser um termo mais recente, DORT também abrange um espectro mais amplo de doenças relacionadas ao trabalho, incluindo LER, mas também lesões músculo-esqueléticas causadas por posturas inadequadas, uso excessivo de força, e outros fatores advindos da rotina de trabalho.
Por que LER e DORT acontecem?
As causas de LER e DORT geralmente estão relacionadas a uma combinação de fatores físicos, psicológicos e ambientais, como a realização contínua de movimentos repetitivos, que pode gerar uma sobrecarga nos músculos, tendões e nervos, causando lesões.
O uso excessivo de força, como empurrar ou levantar objetos pesados, por exemplo, também pode causar uma sobrecarga nos músculos e nos ossos, de forma a gerar lesões.
Além disso, as posturas inadequadas fazem parte do dia a dia de trabalho de muitas pessoas, principalmente ao se manter sentado por longos períodos de tempo em frente ao computador. Isso pode gerar lesões devido a sobrecarga nos músculos e na coluna vertebral que as posturas inadequadas causam.
Há também fatores psicológicos que contribuem para o desenvolvimento de LER e DORT. Isso porque problemas emocionais e comportamentais, como o estresse, a depressão e a ansiedade geram tensão muscular e óssea, facilitando o surgimento de lesões.
Por fim, fatores ambientais que vêm da exposição a condições adversas no ambiente de trabalho, como iluminação inadequada, temperaturas extremas, ruído excessivo e vibrações – causadas por equipamentos industriais e ferramentas elétricas – também estão ligados ao desenvolvimento dessas doenças ocupacionais.
No caso das vibrações causadas por ferramentas elétricas e equipamentos industriais, o risco é de causar danos aos nervos, fazendo com que as lesões apareçam.
As consequências dos casos de LER e DORT para as empresas
Além de ser muito prejudicial à saúde dos colaboradores, os casos de LER e DORT entre os profissionais de uma empresa também são extremamente prejudiciais para a organização em si.
Como foi citado no início do texto, essas doenças ocupacionais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho. Isso indica que os casos dessas doenças contribuem para o aumento de absenteísmo, isto é, longos períodos de ausência no trabalho.
Antes mesmo de chegar ao afastamento de fato, a empresa já pode ser afetada pela queda da produtividade, uma vez que os colaboradores com LER e DORT podem ter dificuldade de executar suas tarefas por conta da dor e do desconforto.
Esses casos também podem gerar uma alta taxa de rotatividade na empresa, já que é comum que os colaboradores optem por sair da empresa, resultando também em uma perda de talentos, e até mesmo dificuldade na contratação de novos profissionais.
É importante ressaltar que todas essas consequências também geram impactos econômicos para a empresa, já que há um considerável aumento de custos decorrente de todos esses fatores.
A prevenção de LER e DORT
Felizmente, existem diversas medidas para evitar que os colaboradores sejam afetados por LER e DORT. Uma delas é ter um PCMSO, um programa que visa preservar a saúde dos colaboradores em relação aos riscos ocupacionais.
Ter os exames ocupacionais em dia também é uma forma de prevenção, pois através dos resultados, é possível monitorar os dados de saúde dos colaboradores da empresa.
É importante lembrar que o PCMSO e os exames ocupacionais devem ser enviados ao eSocial, um sistema obrigatório que unifica todos os eventos de SST de uma empresa.
A empresa também deve monitorar a carga de trabalho de cada profissional, garantindo que seja uma carga justa e, caso necessário, realizar ajustes para que não haja sobrecarga muscular.
Um treinamento adequado para garantir que os colaboradores estejam cientes dos riscos associados às atividades que executam e saibam como realizá-las de forma segura é indispensável para a prevenção de LER e DORT.
O mais importante, porém, é promover um ambiente de trabalho saudável. Para isso, diversas ações podem ser implementadas. Uma delas é a ginástica laboral, que consiste em exercícios físicos realizados durante o expediente com o objetivo de preparar para a rotina de trabalho e diminuir o risco de lesões ocupacionais.
Saúde é com a Salú!
A prevenção de LER e DORT é primordial para o quadro de saúde dos colaboradores, mas quem trabalha com gestão de pessoas geralmente tem a sensação de muitas coisas para organizar ao mesmo tempo, não é mesmo?
Por isso que a Salú é uma parceira para todos os assuntos relacionados à saúde e segurança do trabalho. Nós existimos para cuidar de todos os programas, exames e monitoramentos que a sua empresa precisa!
Temos um time de concierges que acompanham a saúde dos colaboradores de pertinho, afinal, nós estamos aqui para cuidar de pessoas – e nada como pessoas para cuidar de todo esse processo com muita atenção e carinho.
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