Bullying no trabalho: Como o RH deve agir?

Bullying no trabalho como o RH deve agir

O bullying no ambiente de trabalho é um problema sério e prevalente que afeta muitos profissionais em todo o mundo. Recentemente, uma pesquisa feita no Reino Unido apontou que cerca de 32% dos colaboradores já sofreram bullyin no trabalho disfarçado de brincadeira.

Infelizmente, muitas empresas ainda não têm políticas claras para lidar com esse tipo de comportamento prejudicial, o que pode levar a um ambiente de trabalho desagradável e improdutivo.

Como resultado, muitos colaboradores se sentem desamparados e não sabem a quem recorrer quando sofrem bullying no trabalho.

Neste texto, vamos explorar algumas das melhores práticas que os profissionais de RH podem adotar para prevenir e combater o bullying no local de trabalho. 

Acompanhe para saber mais!

O que caracteriza o bullying?

O bullying é um comportamento agressivo, intencional e repetitivo, que é direcionado a uma pessoa ou grupo específico e que causa danos emocionais, físicos ou sociais.

Esse comportamento pode ser verbal, como insultos e ameaças, ou físico, como empurrões e socos, e é considerado uma forma persistente de abuso de poder.

Na década de 2010, o tema foi amplamente discutido na sociedade e, na mesma época, foi promulgada a Lei nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).

Vale pontuar que o bullying pode ser considerado crime e o autor da violência pode responder por dano moral, além de que a vítima pode ser indenizada.

Como é o bullying no ambiente de trabalho? 

No ambiente de trabalho, o bullying pode ser caracterizado como ações que partem de um ou mais colegas de trabalho ou superiores hierárquicos em relação a um indivíduo ou grupo de pessoas.

O bullying tem como objetivo diminuir, humilhar, intimidar ou ofender um colega de trabalho. Na prática, esse tipo de comportamento pode incluir ações como:

  • Insultos
  • Comentários negativos
  • Críticas constantes
  • Sabotagem de trabalho
  • Difamação

O bullying no trabalho pode ter um impacto negativo significativo na saúde mental e física do trabalhador, podendo levar a transtornos psicológicos, problemas de saúde física e doenças ocupacionais

No mais, essa prática pode prejudicar a produtividade e a eficácia do ambiente de trabalho como um todo, criando um ambiente hostil e desmotivador além de afetar o bem-estar ocupacional.

É importante destacar que o bullying no trabalho não é apenas uma questão de conflitos normais no local de trabalho, mas sim uma forma persistente de abuso de poder que pode levar a consequências graves para a vítima e para a empresa.

Quais os impactos do bullying no trabalho?

O bullying no ambiente ocupacional pode causar uma série de problemas, tanto para a vítima quanto para a organização. 

Logo abaixo estão alguns tópicos que explicam como esse comportamento pode impactar negativamente o ambiente de trabalho.

Impacto na saúde mental da vítima

Estresse, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental são alguns dos possíveis efeitos que vítimas da prática podem apresentar. Como consequência, pode ocorrer uma redução no desempenho e na produtividade, além do aumento do absenteísmo e do presenteísmo.

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Clima organizacional prejudicado

O bullying no trabalho pode criar um ambiente hostil e tóxico, afetando negativamente o clima organizacional. Isso pode levar a uma redução da motivação e do engajamento dos colaboradores, aumento da rotatividade e dificuldade na contratação de novos talentos.

Conflitos interpessoais

Conflitos interpessoais entre os funcionários é um dos efeitos mais frequentes do comportamento, pois ele pode impactar a rotina de diversos colaboradores no ambiente. Isso afeta e prejudica diretamente as possibilidades e colaborações entre todos.

Impacto na imagem da organização

Essa prática no ambiente profissional pode ocasionar consequências desfavoráveis na imagem da organização diante do público externo, prejudicando sua reputação e confiabilidade. Isso pode comprometer sua posição no mercado e sua capacidade de crescimento a longo prazo.

Impacto financeiro

Consequências financeiras para a organização são uma das possibilidades decorrentes da prática do bullying no ambiente de trabalho. Gastos com licenças médicas, demissões e processos judiciais movidos pelas vítimas do bullying são alguns exemplos das consequências nesse contexto.

O que o RH deve fazer nesses casos?

  • Estabelecer políticas claras contra o bullying: é fundamental que seja estabelecida uma política clara que proíba o bullying no ambiente de trabalho. É preciso tornar nítido quais serão as ações que serão tomadas caso um colaborador seja vítima ou testemunha de um comportamento abusivo.
  • Treinamento de conscientização e prevenção do bullying: há a necessidade de realizar treinamento para os colaboradores sobre essa prática. Palestras na SIPAT, seminários, workshops e outros recursos podem ajudar os colaboradores a entenderem como podem prevenir o bullying no ambiente de trabalho.
  • Encorajar um ambiente de trabalho positivo: deve ser encorajado a construção de um ambiente de trabalho positivo e cooperativo, onde todos se sintam respeitados e valorizados. Realizar uma comunicação aberta, dar feedback construtivo e promover um ambiente de trabalho inclusivo que respeite a diversidade são fatores importantes para tal.
  • Estabelecer um processo de denúncia confidencial: é necessário estabelecer um processo de denúncia confidencial para os colaboradores que lidam com o bullying no ambiente de trabalho. Nomear um representante confiável para receber denúncias e ajudar as vítimas a tomar medidas adequadas é uma possibilidade.
  • Tomar medidas imediatas para lidar com o bullying: caso seja recebida uma denúncia, é preciso que medidas imediatas sejam tomadas. Isso pode incluir a realização de uma investigação, entrevistar testemunhas e tomar medidas disciplinares adequadas contra o perpetrador.
  • Fornecer suporte e recursos para as vítimas: devem ser fornecidos suporte e recursos para as vítimas de bullying no ambiente de trabalho. Isso pode incluir o acesso a aconselhamento ou serviços de assistência ao empregado, como psicólogos, assistentes sociais e conselheiros.
  • Monitorar e avaliar a eficácia das políticas e práticas: é fundamental que a empresa monitore e avalie regularmente a eficácia das políticas e práticas de prevenção e combate ao bullying no ambiente de trabalho. Podem ser realizadas pesquisas de satisfação do colaborador, análises de tendências e a implementação de mudanças quando necessário.

O bullying no trabalho é um problema sério que pode afetar a saúde e o bem-estar dos colaboradores , bem como a cultura e produtividade do local de trabalho. Portanto, deve ser tratado de forma igualmente séria pela empresa.

Logo, é necessário que sejam tomadas medidas para lidar com esse comportamento no trabalho para que todos possam fazer proveito de um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo.

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