Síndrome do pânico: saiba os sintomas e o tratamento para esse transtorno

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade marcado por crises recorrentes de medo intenso e desproporcional, acompanhadas por sintomas físicos, que podem ocorrer em qualquer lugar e momento, sem razão aparente, e durar de 15 a 30 minutos, em média. 

Dados da OMS apontam para um aumento de 25% de casos só em 2020 . Além disso, outros transtornos mentais, como a ansiedade e depressão, também têm crescido nos últimos anos. Por esse motivo, é inadiável promover discussões sobre saúde emocional nas empresas para prevenir, combater e conscientizar os colaboradores.

Pensando nisso, trouxemos este post para você entender mais sobre essa síndrome, também conhecida como transtorno do pânico. Listamos aqui algumas formas de identificar os sintomas e de lidar com eles. 

Boa leitura!  

Sintomas da síndrome do pânico: quais são?

Como citamos no começo do post, o que diferencia a síndrome do pânico dos demais transtornos de ansiedade por envolver crises súbitas e intensas de medo que ocorrem de forma imprevisível e, geralmente, sem um gatilho específico. 

Os outros transtornos ansiosos, como o transtorno de ansiedade generalizada, a fobia social e o transtorno obsessivo-compulsivo, são marcados por um medo excessivo e persistente em relação a uma situação, atividade ou objeto em especial. 

Quanto tempo dura uma crise de pânico? 

As crises típicas da síndrome do pânico duram, em média, de 15 a 30 minutos, podendo os efeitos do mal-estar se prolongar após esse período. 

Sintomas da síndrome do pânico

Os sintomas da síndrome do pânico podem ser confundidos com outras condições mentais e físicas. É muito comum, por exemplo, pessoas com crises de pânico acreditarem que estão sofrendo um ataque cardíaco devido a sintomas como aceleração nos batimentos cardíacos e dor no peito. 

Por esse motivo, na manifestação de um ou mais sintomas, é fundamental buscar ajuda profissional na manifestação para receber uma avaliação mais detalhada e, assim, chegar a um diagnóstico e tratamento adequados para cada caso. 

Alguns dos sintomas mais comuns são:  

  • Batimento cardíaco acelerado, palpitações ou taquicardia; 
  • Sensação de falta de ar, sufocamento ou aperto no peito; 
  • Tremores, sudorese ou calafrios; 
  • Náuseas, tonturas ou desmaio; 
  • Medo de perder o controle ou de morrer (sensação de morte iminente); 
  • Sensação de irrealidade ou despersonalização; 
  • Formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés. 

Quem pode desenvolver a síndrome do pânico? 

Não é possível precisar uma causa específica para a síndrome do pânico. No entanto, há indícios de que a combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno. 

Alguns desses fatores estão ligados à genética, uma vez que pessoas que possuem parentes de primeiro grau que sofrem com síndrome do pânico têm maiores chances de chegarem ao mesmo diagnóstico. 

Há, também, alterações no funcionamento do cérebro que podem levar à síndrome do pânico, uma vez que esse transtorno é causado pelo desequilíbrio químico dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, substâncias do sistema nervoso central que impactam, respectivamente, no humor e na resposta física ao estresse. 

A comorbidade, isto é, a presença de outras condições de saúde mental em conjunto com o transtorno do pânico, é bastante comum, afinal, pessoas com outros transtornos mentais têm maior probabilidade de desenvolver a síndrome do pânico. 

A síndrome de burnout, por exemplo, pode aumentar o risco de transtorno do pânico, porque o estresse crônico no ambiente de trabalho gera ansiedade e vulnerabilidade emocional, podendo ocasionar ou agravar sintomas de síndrome do pânico.

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Afinal, como é o tratamento para a síndrome do pânico? 

A boa notícia é que estamos falando de uma condição tratável!

O tratamento dessa síndrome envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir medicação, psicoterapia e mudança de hábitos. 

Confira as formas de tratamento que podem ser utilizadas para intervir em casos de síndrome do pânico: 

Medicação

Alguns medicamentos, a exemplo de antidepressivos e ansiolíticos, podem ser utilizados para o controle de sintomas do transtorno do pânico. Aqui, vale ressaltar que os medicamentos devem ser prescritos por um médico e administrados conforme orientações.

Médicos de qualquer especialidade, inclusive médicos de família e clínicos gerais, podem prescrever medicamentos para casos de transtornos ansiosos como o do pânico, porém, a especialidade de quem atua com a saúde mental é a psiquiatria. 

Psicoterapia

O psicólogo é um profissional que pode ajudar nos sintomas da síndrome, inclusive podendo atuar de forma conjunta com o médico. Entre as abordagens terapêuticas existentes, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das mais eficazes para o tratamento. 

Na TCC, o terapeuta trabalha com o paciente para auxiliá-lo a identificar pensamentos distorcidos que podem desencadear ansiedade e ataques de pânico. Sendo assim, o paciente substitui esses pensamentos por pensamentos mais realistas e adaptativos, diminuindo a intensidade e frequência dos sintomas. 

Exercícios de relaxamento

Meditação, mindfulness, yoga, técnicas de respiração… tudo isso pode contribuir para o relaxamento e combater a ansiedade e as crises de pânico, sendo uma ótima ideia para complementar formas de tratamento como a medicação e a psicoterapia.

Muitas pessoas acabam não se exercitando por terem uma rotina muito ocupada com o trabalho, mas existe uma solução para isso: a própria empresa pode promover exercícios laborais

Além de ajudar na prevenção à síndrome do pânico, eles trazem uma série de benefícios para o bem-estar e saúde dos colaboradores e são um ótimo momento de descompressão coletiva e interação.

Estilo de vida saudável

Implementar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e higiene do sono podem melhorar o bem-estar, implicando em diminuição de sintomas ansiosos que podem resultar em ataques de pânico. 

É possível estimular o cuidado à saúde mental em diversos ambientes, como o ambiente familiar e o ambiente de trabalho. No caso do ambiente de trabalho, promover exercícios laborais e alimentação saudável nas empresas são formas de contribuir com a prevenção e tratamento da síndrome do pânico nos colaboradores. 

Ainda no ambiente laboral, a promoção de diálogos entre os colaboradores e especialistas na área possibilita a troca de informações, esclarecimento de dúvidas, enfrentamento aos transtornos mentais e incentivo à busca de auxílio.

Esses meios também podem ser essenciais para prevenir e combater a síndrome do pânico dentro do trabalho e demais transtornos como o burnout, que tem relação direta com o exercício profissional. 

Promover discussões sobre o tema na empresa

A conscientização é o melhor caminho para o enfrentamento de transtornos tipo a síndrome do pânico. Ao informar as pessoas sobre as características, elas podem se preparar para reagir caso percebam que estão passando por um episódio e até mesmo amparar outras pessoas. 

Nesse sentido, a síndrome do pânico pode ser um tema de palestra da SIPAT, por exemplo. No evento anual, temas de saúde e segurança do trabalho ganham a atenção de todos da empresa.

Síndrome do pânico: o papel da empresa 

A saúde mental é um dos bens mais importantes de um indivíduo. Por esse motivo, as empresas precisam ser proativas na prevenção desse tipo de transtorno. 

Nesse sentido, o planejamento de saúde e segurança do trabalho com a Salú torna-se estratégico do ponto de vista de otimização de tempo da e de recursos da área de RH.

Na Salú, aliamos tecnologia de monitoramento de dados com cuidado humano do nosso time de concierge. 

Quer conhecer melhor como cuidamos das vidas dos colaboradores? Marque um bate-papo com a gente! 😉

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