Você provavelmente já sabe que labirintite é um termo que se refere a uma inflamação no ouvido, mais especificamente numa estrutura do ouvido interno chamada labirinto.
Essa inflamação tem diversas causas, como infecções virais ou bacterianas, alergias, distúrbios circulatórios, lesões na cabeça ou no ouvido, uso de alguns medicamentos e exposição a ruídos intensos.
Mas você sabia que a labirintite também pode ocorrer devido a fatores emocionaisl?
Vem com a gente para saber tudo sobre labirintite emocional: o que é, quais os sintomas e como tratar. Tenha uma ótima leitura!
O que é labirintite emocional?
A labirintite emocional é uma condição de saúde em que alterações de ordem emocional, como o estresse, ansiedade, depressão e até mesmo a síndrome de burnout causam a labirintite.
Nesse caso, o paciente tem sintomas semelhantes aos da labirintite comum, mas não tem nenhuma alteração física no ouvido. Por isso, o diagnóstico da labirintite emocional pode ser mais difícil, e exige uma avaliação cuidadosa do médico.
O que também pode tornar o diagnóstico mais desafiador é a dificuldade dos pacientes em verbalizar alguns sintomas, que podem ser descritos como uma cabeça vazia, oca, pesada, ou como se ventasse dentro da cabeça, por exemplo.
Como é feito o diagnóstico de labirintite emocional?
É justamente pela dificuldade de descrever os sintomas que muitas vezes os pacientes atravessam que o diagnóstico é feito mediante muita atenção do médico, que deve levar em consideração a história do paciente e características da labirintite emocional.
Geralmente, esse diagnóstico é realizado por exclusão, ou seja, quando é descartada a hipótese de labirintite comum. Para isso, são realizados exames para verificar se há perda auditiva ou alterações físicas no ouvido, e até mesmo exames de sangue para checar sinais de infecção ou inflamação no corpo.
Isso ocorre porque, apesar de alterações emocionais implicarem em desequilíbrios químicos no cérebro, afetando a produção de serotonina, por exemplo, esses desequilíbrios não são visíveis em nenhum exame como tomografia ou ressonância magnética.
Quais são os sintomas da labirintite emocional?
Os sintomas de labirintite emocional se assemelham muito aos sintomas de labirintite comum. Entre os vários sinais dessa condição de saúde, estão:
Tontura
Uma sensação de perda de equilíbrio ou instabilidade, sujeita a ocorrer em diferentes momentos do dia, pode se manifestar em casos de labirintite, sendo ela de ordem emocional ou não.
Vertigem
É a sensação de que tudo ao seu redor está girando ou se movendo. Não é incomum que esse sintoma seja acompanhado de outros como náuseas, vômito e sudorese.
Sensibilidade à luz e ao som
Algumas pessoas que sofrem de labirintite podem ficar mais sensíveis quando expostas a luminosidade e som intensos, podendo intensificar a tontura e a vertigem características dessa condição.
Visão turva ou embaçada
Não somente a labirintite pode acarretar em maior sensibilidade dos olhos à luz, piorando a tontura e a vertigem, como é possível ocorrer uma dificuldade de enxergar com clareza.
Zumbido no ouvido
Em alguns casos, é possível ouvir um som de forma contínua dentro do ouvido. Esse som geralmente é um som de apito, chiado ou um zumbido que pode acabar sendo bem incômodo.
Sensação de pressão no ouvido
Também é comum sentir um desconforto advindo da sensação de pressão no ouvido, como se os ouvidos realmente estivessem sendo pressionados ou mesmo tampados.
Outros sintomas associados à labirintite emocional são perda de audição, fadiga, dor de cabeça, suor frio, dificuldade de concentração ou alterações nos batimentos cardíacos. Se você se identificou com um ou mais dos sintomas descritos neste post, é recomendado procurar um médico para realizar o diagnóstico.
Quanto tempo dura uma crise de labirintite emocional?
As crises de labirintite emocional também se assemelham às crises de labirintite comum: em ambos os casos, as crises podem ocorrer espontaneamente, podendo durar de alguns minutos a várias horas. Em casos mais graves, podem até mesmo durar dias.
Como é o tratamento para a labirintite emocional?
A forma de tratamento pode variar a depender da gravidade dos sintomas e das causas relacionadas ao surgimento da labirintite emocional no indivíduo. Medicamentos antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos e associados à psicoterapia, que também é muito utilizada nesses casos.
Além disso, há casos em que pode ser indicada a reabilitação vestibular, isto é, uma fisioterapia voltada especialmente para exercitar o sistema do cérebro que trabalha com a região do labirinto.
Também utilizada no tratamento da labirintite comum, essa reabilitação visa diminuir os sintomas de tontura e vertigem restabelecendo o equilíbrio e a orientação espacial do paciente.
Manter hábitos saudáveis também ajuda: uma rotina de exercícios físicos como yoga, pilates ou alongamento contribui para a regulação de hormônios no cérebro como a serotonina, cuja produção, como citado anteriormente, entra em desequilíbrio devido a alterações emocionais.
A labirintite emocional e a síndrome de burnout
Como já dissemos, o burnout é um possível fator desencadeante da labirintite emocional, afinal, qualquer alteração de ordem psicológica viabiliza o risco para o desenvolvimento dessa condição.
Alguns sintomas descritos pela OMS como pertencentes ao esgotamento profissional são comuns à labirintite emocional, como fadiga, dificuldade de concentração, dor de cabeça frequente e alteração nos batimentos cardíacos.
Além disso, o estresse ocasionado por situações de trabalho pode resultar em várias outras condições de saúde, como a síndrome do pânico e a síndrome do pensamento acelerado.
Nesse sentido, as empresas podem tomar iniciativas para ajudar os colaboradores a prevenir e a enfrentar os sintomas de labirintite emocional. Embora não exista nenhum exame ocupacional obrigatório para avaliar esses sintomas, é possível que exames de audiometria, hemograma e avaliação psicossocial sejam solicitados em alguns casos.
A empresa também pode oferecer aos colaboradores benefícios de saúde que viabilizem o acesso a exames e consultas médicas regulares. Outra ideia é a implementação de exercícios laborais na rotina profissional.
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