Histerectomia: O que é, tipos de cirurgia e recuperação

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A histerectomia é uma das intervenções ginecológicas mais realizadas no mundo. Por isso, hoje vamos compartilhar com você sobre o que é essa intervenção, quais as indicações, os tipos existentes e os cuidados que devem ser seguidos no pré e pós-operatório. 

Confira tudo a seguir! 

O que é a histerectomia? 

O nome da cirurgia é um pouco complicado, podendo fazer muitas pessoas se perguntarem “histerectomia o que é?”. E a resposta nada mais é do que o procedimento cirúrgico para a retirada do útero. 

Não é só o termo que causa estranhamento: o seu significado também, afinal, pode parecer até mesmo desconfortável a ideia de viver sem um órgão, certo? Apesar disso, se trata de um procedimento seguro e que pode contribuir com o tratamento de algumas condições de saúde. 

Quando a histerectomia é indicada? 

Apesar de ser um procedimento seguro e até necessário a depender do caso, ainda pode ser assustador para algumas pessoas pensar em ter que passar por isso. Afinal, quando é preciso fazer uma histerectomia? 

É necessário entender que o tratamento cirúrgico não costuma ser a primeira opção na maioria dos casos, ou seja, a histerectomia costuma ser realizada quando tratamentos não cirúrgicos não apresentam resultados. Confira as indicações: 

Miomas uterinos 

Os miomas são tumores benignos que se desenvolvem na parede do útero. O aparecimento desses miomas é bastante comum e, geralmente, eles são pequenos e não causam nenhum sintoma. 

Em alguns casos, porém, esses miomas podem crescer e gerar sintomas como aumento do fluxo menstrual (podendo ser acompanhado de coágulos), cólicas menstruais intensas, dor pélvica e pressão na bexiga ou no reto.

Nesse sentido, a histerectomia pode ser uma possível intervenção necessária, se medicamentos para controlar os sintomas não forem suficientes. Há, ainda, a possibilidade de realizar uma cirurgia voltada para a remoção de miomas, conhecida como miomectomia. 

Hemorragias uterinas anômalas 

As hemorragias uterinas anômalas consistem em sangramentos vaginais que ocorrem fora do período menstrual regular, ou que apresentam fluxo mais intenso que o normal, ainda que dentro do período regular de menstruação. 

Esse tipo de hemorragia é multifatorial, ou seja, pode estar associada a diversas causas, incluindo os próprios miomas uterinos. Outras causas possíveis incluem desequilíbrios hormonais, cânceres e infecções. 

Prolapso uterino 

O prolapso uterino ocorre quando o útero se desloca da sua posição normal na pelve, podendo escapar parcial ou totalmente pelo canal vaginal, até mesmo chegando a sair um pouco pela abertura da vagina em alguns casos. 

Essa condição é conhecida popularmente como “útero baixo”, não apresentando sintomas em graus mais leves. Nos mais severos, no entanto, podem causar dor e desconforto. A infertilidade também pode ser ocasionada pelo prolapso uterino. 

Nesses casos, além da histerectomia, também há como realizar cirurgias de recolocação do útero para ajudar a reposicioná-lo no organismo. A intervenção não cirúrgica mais conhecida é a fisioterapia pélvica. 

Câncer em órgãos reprodutivos femininos 

A remoção do útero pode ser indicada quando há a existência de cânceres que afetam não só o colo do útero, como ovários, endométrio, trompas, vagina e vulva. O tratamento é indicado a depender da gravidade e da extensão do câncer. 

Quais são os tipos de histerectomia?  

É necessário considerar que há variações dessa cirurgia a depender da extensão da remoção dos órgãos reprodutivos femininos. Os tipos mais comuns de histerectomia são:  

Histerectomia parcial

Também conhecido como histerectomia subtotal ou supracervical, esse tipo é caracterizado pela remoção exclusiva da parte superior do útero, preservando o colo. A remoção ou não dos ovários depende de cada caso. 

Histerectomia total 

Esse é o tipo mais comum quando se fala de histerectomia, consistindo na remoção completa do útero, incluindo o colo. Novamente, a remoção ou não dos ovários depende de cada caso, assim como das trompas. 

Histerectomia radical 

Na histerectomia radical, ocorre a remoção de todo o útero, incluindo o útero, os ovários, as trompas e os linfonodos próximos. É uma cirurgia mais extensa e invasiva que outros tipos de histerectomia, mas pode ser indicada em casos de câncer para garantir que todos os tecidos afetados sejam removidos e evitar que se espalhe pelo organismo. 

Como é feita a histerectomia? 

Além dos diferentes tipos de histerectomia, existem três diferentes formas de realizar essa cirurgia. Uma delas é a histerectomia vaginal, isto é, quando o útero é removido através da vagina. Além disso, o procedimento é menos desconfortável e a recuperação, mais rápida. 

A histerectomia vaginal é possível quando o útero não apresenta variações de tamanho. Para a retirada de grandes tumores, o método escolhido pode ser a histerectomia abdominal, ou seja, quando a remoção é executada por uma incisão no abdômen.

A terceira forma de realizar a remoção do útero é conhecida como histerectomia laparoscópica. Com esse método, o útero é removido através da inserção de instrumentos inseridos por pequenos cortes no abdômen, enquanto o médico responsável pela cirurgia realiza o procedimento com o auxílio de uma câmera acoplada a um telescópio. 

Cuidados antes da histerectomia 

A preparação para esse procedimento pode incluir alguns exames de sangue e urina. Além disso, é obrigatório realizar jejum absoluto algumas horas antes da cirurgia. 

O que é mais importante, no entanto, é manter a calma e confiar na equipe médica que realizará a histerectomia. Por isso, manter o diálogo aberto com o médico responsável, que irá passar orientações mais detalhadas, e esclarecer todas as dúvidas e preocupações, é essencial. 

Cuidados após a histerectomia 

Alguns cuidados devem ser seguidos após a remoção do útero, e podem variar a depender do tipo de cirurgia e do método escolhido. De uma forma geral, o pós-operatório demanda um repouso total que pode variar de 10 a 15 dias a dois meses. A retomada das atividades diárias e do trabalho serão realizadas conforme orientação médica. 

Além disso, é necessário evitar relações sexuais nas primeiras semanas após a cirurgia. A retomada das relações sexuais também depende da orientação do médico. 

O acompanhamento médico, aliás, é imprescindível ao longo da recuperação, pois além de orientar os próximos passos, o profissional também deve acompanhar a progressão da cicatrização e o bem-estar geral. 

Quais são os riscos da histerectomia? 

Como toda cirurgia, a histerectomia também envolve alguns riscos. Hemorragia e infecção estão entre as complicações possíveis, além de riscos relacionados a medicações utilizadas na anestesia. 

Por isso, também é importante que o pós-operatório envolva a atenção ao aparecimento de sintomas como febre, sangramento vaginal, dificuldade ao urinar, vermelhidão, entre outros que podem indicar complicações. No caso de aparecer algum desses sintomas, é recomendado buscar atendimento médico o mais rápido possível. 

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