Exames complementares: o que são, principais tipos e quando fazer

Exames complementares

Já falamos bastante aqui no blog da Salú sobre a importância e as aplicações dos cinco tipos de exames ocupacionais previstos nas normas regulamentadoras. 

Os exames complementares têm tudo a ver com os exames ocupacionais. Eles são exames clínicos especializados geralmente solicitados para auxiliar o médico do trabalho a chegar a um parecer sobre as condições de saúde de um indivíduo. 

Se você quer saber mais sobre o assunto, leia este texto até o final. Vamos explicar:

  • O que são exames complementares
  • Quais os principais tipos
  • Quando devem ser feitos

Acompanhe!

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O que são exames complementares?

Os exames complementares são exames médicos que auxiliam o processo de diagnóstico clínico. Eles são solicitados pelo médico como uma maneira de realizar uma investigação mais profunda a fim de identificar características de saúde de um organismo ou mesmo confirmar hipóteses sobre doenças.

Esses exames estão previstos na NR-7.  O texto da normativa menciona que o médico do trabalho responsável pelo PCMSO da empresa pode solicitar exames complementares para os colaboradores sempre que necessário. 

Geralmente, a solicitação desse tipo de exame ocorre em decorrência da exposição do indivíduo a riscos ocupacionais ou quando ele possui histórico de acidentes ou doenças do trabalho. 

A exposição a agentes químicos, elevados níveis de pressão sonora, altos níveis de pressão hiperbárica (maiores que a pressão atmosférica), radiações e substâncias cancerígenas são alguns exemplos de condições de trabalho que exigem a realização de exames complementares.

Quando fazer exames complementares? 

Os exames complementares podem ser feitos em vários momentos da vida do colaborador, como na admissão, no retorno ao trabalho após afastamento, nos exames periódicos e até no desligamento. 

Em qualquer uma dessas situações, a NR-7 estabelece que o colaborador deve ser informado sobre o motivo da realização dos exames complementares. Além disso, assim como qualquer exame ocupacional, os complementares também devem ser custeados pela empresa. 

Um ponto importante é que o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) deve conter a data de realização e o tipo de exame complementar feito pelo colaborador. Devem ser emitidas duas vias desse atestado: uma para a empresa e outra para o colaborador. 

Geralmente, as versões impressas do ASO são entregues no RH da empresa, mas no Portal RH da Salú, por exemplo, os ASOs são digitalizados e ficam disponíveis para acesso a qualquer tempo, sem risco de perdas ou danificações.

Principais tipos de exames complementares

Existem alguns exames que são frequentemente solicitados pelo médico do trabalho. Eles também estão indicados nos anexos da NR-7 e devem compor o PCMSO das empresas. Veja alguns deles abaixo.

Audiometria

Esse exame avalia a saúde auditiva do indivíduo e ajuda a identificar possíveis anormalidades, traumas, lesões, tímpano rompido, infecções, uso excessivo de medicamentos, entre outras coisas. A audiometria pode ser feita por médico especializado ou fonoaudiólogo. 

Neste exame, o paciente fica em uma cabine em condições acústicas ideais e utiliza um fone por meio do qual recebe estímulos sonoros do profissional que conduz o exame, aos quais o paciente deve reagir de maneira gestual. 

O resultado é expresso em um gráfico que informa a resposta do paciente aos diferentes estímulos e indica se há perda auditiva.

Esse exame é indicado para quem trabalha em ambientes com ruídos elevados, como construção civil, trânsito, casas de show e centrais de telemarketing. Também é indicado para mergulhadores. 

Radiografias 

O raio X é um exame que utiliza radiação para emitir uma fotografia regionalizada do corpo a fim de evidenciar o estado físico dos órgãos. Geralmente é feito para identificar fraturas nos ossos e danos nos tecidos moles. 

É comumente solicitado para trabalhadores que operam máquinas, mexem com peso ou quando há suspeita de Lesão por Esforço Repetitivo

Hemograma 

Também complementar, o exame de sangue é feito para identificar a saúde do colaborador e condições preexistentes no organismo, como a predisposição a determinadas doenças. 

Em nenhuma hipótese o exame de sangue deve ser discriminatório em relação a portadores de HIV e pessoas grávidas. O hemograma deve servir como um registro do estado de saúde do colaborador no momento da realização do exame, seja no ato da admissão, periódico ou em uma mudança de função.

Para quem trabalha em laboratórios com componentes químicos, por exemplo, esse é um dos exames mais importantes. 

Acuidade visual

Popularmente chamado de ‘exame de vista’, esse exame é indicado para avaliar a capacidade visual de uma pessoa, ou seja, as condições de saúde dos olhos. Ele serve para identificar a presença de problemas de visão e mesmo a necessidade de uso de colírios, cirurgia ou lentes corretoras. 

Pode ser solicitado como exame complementar para profissionais que dependem de uma excelente acuidade visual para o trabalho ou para aqueles que possam ter os olhos expostos a riscos físicos, químicos e até mesmo grandes tempos de exposição à tela. 

Eletrocardiograma – ECG

O ECG, ou eletrocardiograma, avalia a condição de saúde cardiovascular do indivíduo, ou seja, o estado do coração. Ele utiliza eletrodos fixados sobre o tórax para avaliar os batimentos cardíacos e a atividade elétrica do músculo que bombeia sangue para o corpo.

O ECG ajuda a detectar riscos de arritmia, infarto do miocárdio, patologias coronarianas e para checar a saúde do coração quando o organismo possui doenças que podem ser prejudiciais, como diabetes, colesterol alto, danos do tabagismo, etc.  

Outros exames

Exames por imagem: Ressonâncias, tomografias, ultrassonografias, mamografias.

Exames laboratoriais: a coleta de excreções como urina e fezes, pode ajudar a avaliar a presença de toxinas no organismo.

Exame do sopro: a espirometria avalia a saúde do pulmão do indivíduo.

Obrigações da empresa com exames complementares

A empresa tem algumas obrigações em relação aos exames complementares. A primeira e mais básica de todas é elaborar e manter um PCMSO que seja assinado por um médico do trabalho. 

É no PCMSO que constam os tipos de exames complementares que podem ser solicitados aos colaboradores ao longo de toda a vida laboral. Mudanças nos riscos também devem constar nesse programa, que precisa ser revisado periodicamente.

Além disso, existem outras responsabilidades da empresa em relação aos exames complementares. São elas:

Custeio dos exames 

Como já falamos aqui, é dever da empresa arcar com todos os custos de realização dos exames ocupacionais e complementares. 

A Salú possui uma rede de clínicas credenciadas com as quais contamos para a realização dos exames. Nós cuidamos de todas as etapas, do agendamento à emissão e digitalização do ASO no sistema. Tudo o que o RH precisa fazer é solicitar a realização do exame. 

Informar no relatório anual

Como explicamos neste outro texto, a empresa precisa emitir um relatório anual do PCMSO com dados de todos os exames ocupacionais realizados durante o ano. 

A quantidade e os tipos de exames complementares também devem constar nesse relatório, que é assinado pelo mesmo médico de trabalho responsável pelo PCMSO da organização. 

Vale ressaltar que o médico do trabalho não precisa ter vínculo com a empresa para assinar o PCMSO. A organização pode ter o programa elaborado e assinado pelos especialistas da Salú, por exemplo. Além de elaborar e atualizar o programa, também emitimos o relatório. 

Exames complementares no eSocial

O eSocial é obrigatório para todas as empresas desde janeiro de 2023. No sistema do governo, um dos eventos obrigatórios é o S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador.

Nesse evento, todos os exames ocupacionais e complementares devem ser informados pela empresa ou por uma parceira como a Salú. 

Por meio da outorga do eSocial, podemos automatizar o preenchimento e envio dos eventos para o governo, desburocratizando a área de RH, que geralmente é responsável por fazer isso nas empresas. 

Conclusão

Os exames complementares podem ser solicitados em vários momentos da vida do colaborador com intuito de avaliar condições de saúde e confirmar a aptidão dos indivíduos para determinadas funções.

A empresa possui uma série de obrigações legais que precisam ser cumpridas. Além disso, o processo logístico e de planejamento dos exames complementares pode demandar muito tempo da área de RH. 

Por isso, contar com uma parceira de saúde ocupacional, como a Salú, é o ideal para dar agilidade aos processos de saúde e tornar o RH mais estratégico. 

Venha conhecer mais sobre o nosso jeito de fazer saúde no trabalho!

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