Doença celíaca: descubra 9 sintomas da intolerância ao glúten

doença celíaca: como cuidar da intolerância ao glúten?

Você conhece alguém que tem a doença celíaca? De acordo com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a estimativa é de que, a cada 400 brasileiros, um seja celíaco, impactando aproximadamente 2 milhões de pessoas no Brasil. 

Esse é o nosso tema de hoje: vem com a gente para entender o que é essa doença, quais os sintomas e qual a forma de tratamento. Boa leitura!

O que é a doença celíaca? 

A doença celíaca é uma condição autoimune crônica que afeta o sistema digestivo, causada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, centeio e seus derivados. 

Quem possui essa condição tem intolerância ao glúten. Então, quando uma pessoa com doença celíaca consome glúten, seu sistema imunológico reage de forma anormal, atacando as células do revestimento do intestino delgado. 

Essa reação imunológica resulta em inflamação e danos às vilosidades intestinais, que são pequenas projeções semelhantes a dedos responsáveis pela absorção de nutrientes dos alimentos. 

Com o tempo, o revestimento intestinal pode ficar danificado e reduzir a capacidade do corpo de absorver os nutrientes de forma adequada, o que pode levar a problemas de saúde e deficiências nutricionais. 

Quais são os sintomas da doença celíaca? 

De acordo com o Ministério da Saúde, os seguintes sintomas podem se manifestar na doença celíaca: 

  1. diarreia ou prisão de ventre crônica; 
  2. dor abdominal; 
  3. inchaço na barriga; 
  4. danos à parede intestinal; 
  5. falta de apetite; 
  6. baixa absorção de nutrientes; 
  7. osteoporose; 
  8. anemia; 
  9. perda de peso e desnutrição. 

Além disso, os sintomas podem envolver gases intestinais, fadiga crônica, problemas de pele e até mesmo alterações no humor. A doença celíaca é uma condição genética, o que significa que a tendência é ocorrer em famílias que possuem histórico da doença

Por ser uma condição genética, o mapeamento pode ser facilitado em anamneses clínicas, quando o médico faz perguntas sobre o histórico de doenças e condições do paciente. 

No caso da saúde ocupacional, o sistema da Salú permite que o próprio colaborador faça o autoagendamento dos exames ocupacionais pelo sistema. Nesse momento, é possível registrar a condição celíaca. 

Esse dado de saúde pode ser usado pela empresa para fazer campanhas futuras com foco na prevenção. 

Qual o tratamento para doença celíaca? 

O principal e mais eficaz tratamento para a doença celíaca é adotar uma dieta rigorosa e permanente sem glúten. 

A eliminação completa do glúten na alimentação é essencial para controlar os sintomas da doença e prevenir danos ao intestino delgado. 

Existem algumas etapas importantes para seguir esse tratamento: 

1. Dieta sem glúten 

O primeiro passo é evitar completamente os alimentos que contenham glúten. Isso significa evitar produtos como pães, massas, bolos, biscoitos, cerveja, entre muitos outros. 

É fundamental também estar atento a possíveis contaminações cruzadas, isto é, evitar o contato de alimentos sem glúten com utensílios, superfícies ou alimentos que possam conter glúten. 

É válido destacar que, para que a dieta sem glúten seja eficaz, é essencial que a pessoa a siga de forma estrita e contínua, evitando qualquer exposição ao glúten. Mesmo pequenas quantidades de glúten podem desencadear uma reação no sistema imunológico e causar danos ao intestino, mesmo que não haja sintomas óbvios.

2. Leitura de rótulos 

Ao seguir uma dieta sem glúten, é importante criar o hábito de ler atentamente os rótulos de todos os alimentos e produtos a serem consumidos, uma vez que o glúten pode estar presente em muitos alimentos processados e produtos industrializados. 

É necessário procurar por ingredientes como trigo, cevada, centeio, malte e qualquer outra substância relacionada ao glúten. 

3. Educação nutricional 

É indispensável buscar orientação de um nutricionista ou profissional de saúde especializado em doença celíaca para aprender a adaptar a alimentação de forma equilibrada, garantindo a ingestão adequada de nutrientes essenciais. 

4. Acompanhamento médico 

Fazer exames de acompanhamento regulares para monitorar o estado de saúde, a resposta à dieta sem glúten e verificar se há alguma complicação ou deficiência nutricional é parte importante do tratamento da doença celíaca. 

A doença celíaca não é uma doença ocupacional, ou seja, esse não é o tipo de condição acarretada por um motivo relacionado ao trabalho e comumente não gera afastamento previdenciário. 

No entanto, caso o colaborador relate sintomas durante ao realizar os exames periódicos, é possível que o médico do trabalho indique a realização de outros procedimentos clínicos para investigar a fundo os sintomas relatados pelo paciente. 

5. Suporte emocional 

O diagnóstico da doença celíaca pode ser bem desafiador da perspectiva emocional, especialmente no início da adaptação à dieta sem glúten. Vale buscar apoio em grupos de pacientes, associações celíacas ou psicólogos para lidar com as mudanças e dificuldades emocionais. 

Doença celíaca tem cura? 

Infelizmente, não há cura conhecida para a doença celíaca. É uma doença crônica e autoimune que persiste ao longo da vida da pessoa afetada. 

No entanto, a boa notícia é que a doença pode ser gerenciada de forma efetiva em vários níveis de prevenção, a começar pela adoção de uma dieta livre de glúten. 

Ao eliminar completamente o glúten da alimentação, a tendência é haver diminuição da inflamação no intestino e as vilosidades intestinais podem se recuperar parcialmente em muitos casos, permitindo a melhoria da absorção de nutrientes. 

Como é feito o diagnóstico para a doença celíaca? 

O diagnóstico da doença celíaca envolve uma abordagem combinada de exames clínicos e testes laboratoriais. Primeiramente, o médico coletará informações com o paciente para entender seus sintomas, histórico médico, familiar e outros fatores relevantes. 

É imprescindível informar o médico sobre quaisquer sintomas digestivos, problemas de crescimento, anemia, fadiga ou outros sintomas associados à doença celíaca. A partir disso, alguns exames serão solicitados. 

O primeiro exame realizado é, geralmente, um exame de sangue que busca anticorpos relacionados à doença, como os anti-transglutaminase tissular (TTG). 

Esse é o teste mais sensível e específico para a doença celíaca, afinal, a presença elevada nesses anticorpos no sangue pode ser um indicador de danos no intestino delgado. 

Outros anticorpos frequentemente encontrados em pessoas com doença celíaca são os anticorpos anti-endomísio (EMA). 

Se os exames de sangue indicarem a possibilidade de doença celíaca, o próximo passo é realizar uma endoscopia digestiva alta com biópsia do intestino delgado. Durante esse procedimento, um pequeno tubo flexível com uma câmera é inserido pela boca até o intestino delgado. 

Isso permite ao médico visualizar diretamente a mucosa do intestino e colher amostras de tecido (biópsias) para análise laboratorial. 

Essas biópsias são essenciais para confirmar o diagnóstico, pois mostrarão as alterações típicas nas vilosidades intestinais observadas na doença celíaca. 

É fundamental que o paciente continue consumindo glúten antes dos exames, pois a exclusão do glúten da dieta pode levar a resultados falso-negativos nos testes de anticorpos e biópsia.

O diagnóstico da doença celíaca pode ser complexo e requer a colaboração de diferentes especialistas, como gastroenterologistas, imunologistas e nutricionista. 

Diante da suspeita da doença ou qualquer sintoma sugestivo, deve-se procurar um médico para avaliação e orientação apropriadas.

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