Síndrome do impostor: Impactos no trabalho e o papel da empresa

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Você observa constantemente que as pessoas na sua empresa se sentem como se não tivessem alcançado nenhum sucesso nos projetos e tarefas do trabalho?

Elas relatam uma ter uma sensação persistente de que suas conquistas foram pequenas meros acasos ou até mesmo algum tipo de engano? Se sim, essas pessoas podem estar enfrentando a síndrome do impostor.

Essa condição psicológica afeta muitos profissionais talentosos e competentes, minando sua autoconfiança e prejudicando seu desempenho. Atualmente, é uma das principais agravantes da saúde mental.

E quando se trata de elaborar uma estratégia de saúde corporativa com foco na prevenção, assistir questões de saúde mental de forma efetiva é um dos desafios mais árduos para gestores de pessoas.

Por isso preparamos este texto, que tem como objetivo explorar os impactos da síndrome do impostor no ambiente de trabalho e destacar o papel fundamental que as empresas desempenham no combate dela.

Acompanhe para aprender mais sobre esse importante assunto. 

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O que é a síndrome do impostor?

Síndrome do impostor é o nome dado ao fenômeno psicológico no qual indivíduos competentes têm dificuldade em internalizar e reconhecer suas próprias capacidades de desempenho e sucesso profissional.

Pessoas que sofrem dessa condição constantemente se sentem como impostoras, acreditando que não são dignas de suas conquistas e que, mais cedo ou mais tarde, serão descobertas como fraudes.

Mesmo diante de evidências sólidas de suas habilidades e realizações, esses indivíduos experimentam uma persistente sensação de inadequação e medo de serem expostos como incompetentes.

Essa condição pode afetar tanto profissionais experientes quanto iniciantes em suas carreiras. Entretanto, minorias sociais, como pessoas não brancas e LGBTQIAP+,  costumam ser mais afetadas por essa síndrome.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela KPMG, a síndrome também prevalece sobre o público feminino: 75% das mulheres em cargos executivos são afetadas pela síndrome.

Quais os impactos no trabalho?

Há diversas consequências negativas acarretadas pela síndrome do impostor para a saúde corporativa, tanto para os indivíduos que sofrem dessa condição quanto para a empresa como um todo. Entre algumas das principais consequências, estão:

Baixa produtividade e desempenho

Sensações de falta de confiança e inadequação provenientes da crença em ser um impostor podem resultar diretamente numa baixa produtividade e num desempenho abaixo do potencial dos colaboradores.

Eles podem se esforçar excessivamente para provar sua competência, o que pode levar a um ciclo de perfeccionismo e procrastinação. No mais, o estresse e a ansiedade associados à síndrome podem prejudicar a capacidade de concentração e tomada de decisões eficazes.

Perda de criatividade e inovação

Manter ambientes que favoreçam a criatividade e inovação é um dos princípios da saúde corporativa. No entanto, a síndrome do impostor pode ter um impacto significativo na perda dessas habilidades.

Colaboradores que sofrem da condição impostora, muitas vezes têm dificuldade em reconhecer o valor de suas ideias e perspectivas únicas.

Esse receio de serem julgados e rejeitados também pode levar a uma falta de participação ativa em discussões e projetos, possibilitando a perda de oportunidades de inovação.

Retenção de talentos

Essa síndrome também pode levar ao esgotamento profissional e ao descontentamento dos colaboradores, o que aumenta o risco de rotatividade de funcionários talentosos.

Todos os sentimentos provocados pela condição, somados à falta de apoio e reconhecimento por parte da empresa podem fazer com que os colaboradores busquem oportunidades em outros lugares, impactando negativamente a retenção de talentos.

Impacto nas relações interpessoais

Os indivíduos com síndrome do impostor podem ter dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis no ambiente de trabalho.

Eles podem evitar colaborações ou rejeitar elogios, o que pode prejudicar a dinâmica da equipe e afetar negativamente a colaboração e o senso de pertencimento.

Mal estar no trabalho

Todas as iniciativas de uma estratégia eficaz de saúde corporativa visam mitigar o mal estar no trabalho. Caso o tema não seja devidamente abordado, a síndrome do impostor pode contribuir para um mal estar generalizado.

Os colaboradores podem se sentir desencorajados em compartilhar suas preocupações ou pedir ajuda, o que pode levar a um ambiente de trabalho pouco saudável, falta de colaboração e falta de confiança entre os membros da equipe.

Levando em conta essas questões, é crucial que as empresas estejam cientes das consequências da síndrome do impostor e adotem medidas para apoiar e promover um ambiente de trabalho que encoraje a confiança, o crescimento pessoal e a valorização das habilidades individuais.

Síndrome do Impostor: Qual o papel da empresa?

Além dos programas de saúde e segurança do trabalho, a estratégia de saúde corporativa de uma empresa deve abranger ações de conscientização para os colaboradores sobre os mais diversos temas que podem afetar a vida no trabalho.

Nesse sentido, o papel de uma empresa frente à síndrome do impostor é criar um ambiente de trabalho saudável e de apoio, para ajudar os funcionários a superar esse sentimento de inadequação.

Existem várias maneiras pelas quais as empresas podem ajudar, como:

Educação e conscientização

Para uma gestão de saúde corporativa eficiente, criar um ambiente acolhedor e seguro na empresa é fundamental. 

Nesse sentido, promover programas de conscientização sobre a síndrome do impostor pode ajudar os colaboradores a entenderem melhor essa condição e perceberem que não estão sozinhos. 

Palestras, workshops ou materiais informativos podem ser oferecidos para fornecer informações e estratégias de enfrentamento. 

A SIPAT, evento anualmente organizado pela CIPA, é um ótimo ensejo para promover a discussão sobre esse e outros assuntos relacionados à saúde mental. 

Você pode contar com a ajuda da Salú para organizar uma SIPAT na sua empresa!

Promover o bem-estar no trabalho

Cultivar uma cultura de apoio e valorização é essencial quando a saúde corporativa é uma estratégia da organização.

As empresas podem incentivar a abertura e a comunicação entre os colaboradores, criando um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para compartilhar suas preocupações e inseguranças sem medo de julgamento ou críticas.

Feedback e reconhecimento

Uma das práticas mais eficazes para o aprimoramento de talentos são os feedbacks. No RH, equipes de treinamento e desenvolvimento são responsáveis por garantir que esses feedbacks ocorram de forma estruturada e alinhada aos objetivos da organização.

Proporcionar feedback construtivo e genuíno aos colaboradores é essencial para ajudá-los a reconhecer suas habilidades e conquistas. Reconhecer publicamente o trabalho bem feito e oferecer elogios sinceros pode ajudar a fortalecer a autoconfiança e combater os sentimentos de inadequação.

Aqui no blog, já escrevemos dicas importantes para a condução de um 1:1 de qualidade e efetivo. Confira o texto:

Programas de mentoria 

Oferecer programas de mentoria, onde colaboradores mais experientes podem orientar e apoiar aqueles que sofrem da síndrome do impostor, pode ser altamente benéfico. Essa medida ajuda a construir confiança, fornece orientação e permite que os colaboradores compartilhem suas experiências, ajudando os outros a superar seus desafios.

Desenvolvimento profissional

Investir no desenvolvimento e no crescimento dos colaboradores por meio de treinamentos, cursos e oportunidades de aprendizagem contínua pode ajudar a fortalecer suas habilidades e confiança profissional. Quanto mais capacitados se sentirem, menos provável é que se sintam como impostores.

Diversidade e  inclusão

Promover uma cultura de diversidade e inclusão é essencial para combater a síndrome do impostor. Ao valorizar as diferentes perspectivas e habilidades dos funcionários, a empresa cria um ambiente onde todos se sintam pertencentes e aceitos.

Liderança exemplar

Colaboradores que desempenham papéis de líderes na empresa desempenham um papel fundamental na promoção de um ambiente de trabalho positivo e encorajador. Eles devem ser encorajados a demonstrar empatia, oferecer suporte e ser modelos de confiança e vulnerabilidade, compartilhando suas próprias experiências e desafios.

Implementando essas medidas, as empresas podem criar um ambiente de trabalho positivo, onde os colaboradores se sintam valorizados e apoiados, ajudando a combater os efeitos negativos da síndrome do impostor e promovendo um melhor desempenho e bem-estar geral.

Saúde corporativa deve ser humanizada!

A gestão de saúde corporativa pode ser desafiadora para as empresas, principalmente no que diz respeito à articulação de múltiplos temas de saúde integral – física e mental –  e controle de custos. 

Nesse sentido, o uso de tecnologia deve ser somado ao cuidado humanizado para promover acolhimento e assistência eficazes para os colaboradores e, ao mesmo tempo, evitar gastos onerosos com planos de saúde para a empresa.

A Salú é uma parceira completa de saúde corporativa que atua não só na prevenção de doenças e acidentes de trabalho, mas na gestão e controle de gastos excessivos com assistência médica.

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