Onicofagia: Por que roemos as unhas no trabalho?

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Você já se pegou roendo as unhas enquanto fazia uma tarefa do trabalho ou participava de uma reunião? Se isso acontece com frequência, saiba que você não está só.

Mas qual será o motivo para que tantas pessoas sucumbam a esse comportamento aparentemente inofensivo de roer as unhas durante o expediente?

Nesse texto, vamos abordar o ato compulsivo da onicofagia e explorar a sua ocorrência no ambiente de trabalho, Também pretendemos expor algumas maneiras de cessar esse hábito no ambiente de trabalho e fora dele. 

Acompanhe o texto!

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O que é a onicofagia?

Onicofagia é o termo técnico utilizado para descrever o hábito compulsivo de morder, roer ou arrancar as unhas.

Esse comportamento aparece no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e é enquadrado como um Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Embora seja mais prevalente entre crianças e adolescentes, a onicofagia também afeta adultos, atingindo aproximadamente 30% da população mundial na última década.

Esse hábito pode ser desencadeado por vários fatores e geralmente se manifesta quando a pessoa enfrenta emoções e sensações que são percebidas como desagradáveis, como estresse no trabalho.

Enquanto algumas pessoas roem as unhas de forma inconsciente, outras o fazem conscientemente como uma maneira de aliviar momentos de tensão, por exemplo.

Quais as consequências da onicofagia?

Embora roer as unhas possa parecer um hábito inofensivo, ele pode ter várias consequências negativas para a saúde. Elencamos alguns dos principais efeitos provocados pela onicofagia abaixo.

Danos às unhas

Roer as unhas pode resultar em danos como irregularidades na superfície, lascas, quebras e enfraquecimento das unhas. Esses efeitos podem aumentar a vulnerabilidade das unhas à germes e micróbios, criando um ambiente propício para sua proliferação.

Infecções

Com a ação contínua da onicofagia, a pele ao redor das unhas pode ficar danificada e exposta a bactérias e fungos. Isso aumenta o risco de desenvolver infecções, como as infecções fúngicas. Isso pode acarretar em complicações mais sérias, exigindo tratamento médico adequado.

Problemas dentários

Devido ao contato provocado pelo comportamento de roer, os dentes podem ser expostos a pressão e força excessivas. Resultando em desgaste dental, desalinhamento da mandíbula, dores, sensibilidade e danos estruturais.

Dificuldade no crescimento das unhas

A onicofagia pode interferir diretamente no crescimento normal das unhas. Como as unhas são danificadas repetidamente, elas podem ter dificuldade em crescer adequadamente, resultando em unhas fracas, finas ou deformadas.

Impacto estético

Para além dos efeitos físicos, a onicofagia também pode ter um impacto estético significativo. Esse hábito pode deixar as unhas com uma aparência descuidada e pouco atraente, o que pode afetar negativamente a autoestima e a confiança de uma pessoa, especialmente em situações sociais.

Por que roemos as unhas no trabalho?

Há várias causas no ambiente de trabalho que podem manifestar a ocorrência da onicofagia, aqui estão 5 possíveis razões:

Estresse

O ambiente de trabalho muitas vezes pode ser estressante, especialmente se houver prazos apertados, pressão por resultados ou um clima de competitividade. O estresse pode levar as pessoas a desenvolver hábitos nervosos, como roer as unhas.

Ansiedade

Outra causa frequentemente associada à prática é a ansiedade. Situações como apresentações importantes, reuniões desafiadoras ou interações sociais intensas no trabalho podem aumentar a ansiedade e levar ao hábito de roer unhas como uma forma de aliviar o desconforto.

Inatividade

Em situações de inatividade no trabalho, algumas pessoas podem desenvolver o hábito de roer as unhas como uma maneira de ocupar as mãos. Esse comportamento é mais comum em trabalhos monótonos e repetitivos, nos quais buscam encontrar uma forma de distração.

Hábito condicionado

O ato de roer as unhas pode se transformar em um hábito condicionado, especialmente quando praticado por um longo período de tempo. No ambiente de trabalho, onde as pessoas passam longas horas, pode ser desafiador romper esse padrão comportamental profundamente enraizado.

Influência social

Em alguns casos, a onicofagia pode ser socialmente contagiosa. Se uma pessoa no ambiente de trabalho roer as unhas, isso pode influenciar os colegas a fazerem o mesmo por imitação. Esse fenômeno pode ser ainda mais acentuado quando se trata de figuras de autoridade.

Como lidar com a onicofagia?

Lidar com a onicofagia pode ser um desafio, mas existem várias estratégias que podem ajudar a controlar e superar esse hábito.

Entre algumas recomendações que podem ser úteis, estão:

Reflexão e autoanálise

Preste atenção aos momentos em que sentir a vontade de roer as unhas. Identifique quais emoções ou situações estressantes desencadeiam esse hábito e procure compreender maneiras alternativas de lidar com esses gatilhos.

Substituição do hábito

Quando sentir vontade de roer as unhas, substitua o comportamento por algo mais saudável, como apertar uma bola antiestresse, morder um palito de dentes ou mastigar uma goma de mascar sem açúcar.

Manter as unhas curtas

Mantenha suas unhas curtas e arredondadas, pois unhas longas podem ser mais tentadoras para roer. Considere utilizar um cortador de unhas regularmente para mantê-las bem aparadas.

Terapias comportamentais

Em casos persistentes ou graves, buscar ajuda de um terapeuta ou psicólogo pode ser benéfico. Terapias comportamentais, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ajudar a identificar os gatilhos emocionais e desenvolver estratégias para superar a onicofagia.

Apoio social

Compartilhar suas dificuldades e conquistas com pessoas próximas pode fortalecer sua determinação e oferecer um senso de comunidade e encorajamento que são essenciais para superar a onicofagia com sucesso.

Quais ações a empresa pode tomar?

Existem diversas formas pelas quais as empresas podem desempenhar um papel significativo na promoção de um ambiente de trabalho que apoie os colaboradores que sofrem de onicofagia.

Seguem algumas sugestões sobre como a empresa pode oferecer ajuda nesse sentido:

Conscientização e educação

Promover a conscientização e a educação é crucial para que as empresas possam adotar para fornecer informações sobre a onicofagia, seus impactos e possíveis origens. 

Realizar campanhas voltadas à essa questão pode permitir que os colaboradores desenvolvam uma compreensão mais profunda sobre esse hábito.

Pausas regulares

Permitir certa flexibilidade no horário de trabalho pode ser benéfico para colaboradores que sofrem de onicofagia. Por exemplo, permitir pausas regulares durante o dia para que os colaboradores possam adotar técnicas de relaxamento ou outras estratégias para lidar com o hábito. 

Programas de bem-estar

Oferecer programas de bem-estar que abordem questões relacionadas à saúde mental, incluindo o gerenciamento do estresse e da ansiedade. Esses programas podem incluir sessões de treinamento, palestras ou workshops que ensinam técnicas de relaxamento, habilidades de enfrentamento e estratégias para lidar com a onicofagia.

Comunicação aberta

Estabelecer uma cultura de comunicação aberta e inclusiva é fundamental. Os colaboradores devem sentir-se à vontade para compartilhar suas preocupações e desafios relacionados à onicofagia com seus colegas e gestores, sem medo de serem julgados. Isso pode ser encorajado através da prática de one on one, por exemplo.

Onicofagia e saúde corporativa

É importante sublinhar que a onicofagia é um comportamento complexo e pode ser influenciado por uma combinação de fatores. Nesse sentido, é crucial lembrar que cada colaborador é único e suas necessidades individuais podem variar.

Portanto, é essencial que a empresa esteja receptiva ao diálogo e pronta para fazer adaptações razoáveis para acomodar as necessidades dos colaboradores que enfrentam a onicofagia.

Promovendo um ambiente de trabalho solidário, a empresa pode ajudar a promover a saúde mental e o bem-estar geral de seus colaboradores, fortalecendo assim a saúde corporativa.

Se você ou alguém que você conhece sofre com a onicofagia, é recomendado buscar a orientação de um profissional de saúde mental ou um dermatologista, que poderá fornecer um diagnóstico adequado e propor um plano de tratamento adequado às necessidades individuais.

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