De acordo com um dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022, 1 bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental.
Inevitavelmente, essa é uma realidade que afeta também o ambiente corporativo. Nos últimos anos, gestores de recursos humanos têm investido cada vez mais esforços na criação de programas voltados para a saúde mental dos colaboradores.
Nesse sentido, o psiquiatra é um médico fundamental para o sucesso da implementação de programas de saúde mental.
Continue com a gente para saber mais sobre o psiquiatra, do que trata, como é uma consulta com esse profissional e quando é o melhor momento de procurá-lo.
Boa leitura!

O que é psiquiatra?
O psiquiatra é o médico dedicado à saúde mental, sendo responsável pela prevenção, tratamento e diagnóstico de transtornos mentais, dos mais leves aos mais graves.
Qual a diferença entre psiquiatra e psicólogo?
Muitas pessoas confundem os dois termos, mas a verdade é que há diferença entre psiquiatra e psicólogo: enquanto o psicólogo realiza uma graduação em Psicologia, que dura cinco anos, o psiquiatra passa pela graduação em Medicina, com a duração de seis anos, e uma residência em Psiquiatria, que dura até três anos.
Os especialistas em psiquiatria adotam uma abordagem biomédica, levando em conta os aspectos neuroquímicos e biológicos mentais, enquanto os psicólogos geralmente trabalham com intervenções psicoterapêuticas.
O psicólogo pode realizar diagnóstico e tratamento (através da psicoterapia), porém, o psiquiatra é o único profissional de saúde mental que está apto a prescrever medicamentos.
Quais doenças são tratadas pelo psiquiatra?
Como mencionamos, especialistas em psiquiatria tratam de transtornos mentais, também conhecidos como doenças psiquiátricas, que são definidas como condições que afetam o funcionamento mental, emocional e comportamental de uma pessoa.
Essas doenças envolvem alterações no pensamento, no humor, no comportamento e nas emoções, podendo causar um grande sofrimento e diversos prejuízos à vida do indivíduo afetado.
Entre as doenças psiquiátricas mais comuns, estão:
- Depressão;
- Ansiedade (que engloba vários transtornos, como a Síndrome de Burnout);
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Transtorno bipolar;
- Transtorno de personalidade borderline;
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);
- Esquizofrenia;
- Transtornos alimentares.
Psiquiatras podem realizar exames?
Os exames não necessariamente são realizados na clínica psiquiátrica, embora o psiquiatra possa realizar exames físicos para auxiliá-lo a entender o problema. Ele também pode solicitar exames laboratoriais de sangue e de imagem.
Esses exames podem descartar algumas condições médicas, uma vez que problemas como os de ordem neurológica ou distúrbios da tireoide podem ter sintomas similares aos de doenças psiquiátricas, e também monitorar o tratamento, especialmente quando os transtornos estão associados a alterações bioquímicas ou hormonais.
Quando procurar um psiquiatra?
Quando dificuldades de ordem emocional passarem a afetar a rotina da pessoa, é ideal procurar um psiquiatra. Alguns dos sinais que podem indicar o momento de procurar um psiquiatra são:
- Mudanças de humor desproporcionais e constantes;
- Insônia ou outras questões ligadas ao sono;
- Dificuldade para se libertar de algum vício;
- Falta de concentração ou problemas com a memória;
- Alterações no apetite;
- Pensamentos depreciativos ou suicidas.
Existem vários tabus relacionados à saúde mental, que incluem a máxima “psiquiatra é coisa de louco”. Vale ressaltar, no entanto, que é perfeitamente normal contar com auxílio médico para a saúde mental.
Da mesma forma que se procura um dermatologista diante de problemas com a pele, ou o oftalmologista ao enfrentar problemas com a visão ou até mesmo o otorrinolaringologista quando há alguma infecção na garganta, por exemplo, não se deve hesitar em procurar um psiquiatra mediante qualquer sintoma mencionado.
Como é a consulta com psiquiatra?
A consulta com psiquiatra geralmente começa com o profissional fazendo perguntas a respeito do histórico médico e psiquiátrico do paciente, bem como sobre os sintomas atuais, dando oportunidade ao paciente de explicar suas preocupações, sentimentos e comportamentos que o levaram até ali.
Assim, o psiquiatra irá avaliar aspectos como o humor, o pensamento, o comportamento e a cognição. Em alguns casos, testes podem ser aplicados para ajudar o profissional a ter uma melhor compreensão do caso.
Após a avaliação, é realizado o diagnóstico, que direciona para o tratamento adequado. Assim, o psiquiatra discutirá com o paciente as opções de tratamento disponíveis, como medicação psiquiátrica, psicoterapia ou uma combinação de abordagens.
Se necessário, o psiquiatra irá prescrever medicamentos, explicando como tomá-los, quais os possíveis efeitos colaterais e a importância de seguir o tratamento conforme prescrito.
Qual a importância do psiquiatra na saúde corporativa?
O psiquiatra é essencial para a saúde corporativa, afinal, as questões ligadas à saúde mental têm um impacto significativo no bem-estar dos colaboradores e no desempenho geral das empresas.
Primeiramente, o burnout faz parte do escopo de atuação do psiquiatra, o que significa que é esse médico que atua diretamente com o esgotamento profissional. Ele pode, além de tratar esse e outros transtornos mentais, identificar precocemente os sinais e intervir de forma adequada antes que essa questão se agrave e prejudique o trabalho.
O acesso a cuidados de saúde mental, como aqueles oferecidos por um psiquiatra, contribui para a construção de uma cultura organizacional saudável, reduzindo o absenteísmo e o presenteísmo no trabalho e resultando na melhora da produtividade.
Além disso, o psiquiatra pode ser fundamental para a conscientização dentro do ambiente laboral, oferecendo palestras e treinamentos sobre como lidar com o estresse e outras questões emocionais.
O calendário colorido da saúde é um possível aliado nesse sentido: o Setembro Amarelo tem uma das campanhas de saúde mais difundidas de forma ampla, sendo o mês da prevenção ao suicídio, em que a empresa pode promover ações para combater o estigma da saúde mental de forma geral.
A Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (SIPAT) também possibilita um espaço em que psiquiatras podem conversar e esclarecer eventuais dúvidas dos colaboradores.
Integração saúde ocupacional e assistencial
Todos os colaboradores que possuem vínculo empregatício precisam passar pelos exames ocupacionais periódicos. Além desses, há também os exames admissional, demissional, de mudança de função e retorno ao trabalho.
Em todos os casos, a anamnese ocupacional coleta dados de saúde que ajudam a registrar um retrato do estado de saúde da população de colaboradores em um determinado momento.
E você pode se perguntar: por que isso é valioso?
A resposta é que ter um panorama com dados de saúde populacionais facilita a intervenção assertiva e direcionada para as questões mais urgentes da empresa, incluindo os quadros clínicos de saúde mental.
Na prática, com a integração de dados, o RH consegue saber o percentual da base de colaboradores que possui um quadro clínico de saúde mental. Com isso, é possível aferir a frequência de consulta ao psiquiatra, bem como a projeção de uso do plano de saúde.
Além disso, ter dados de saúde estruturados é uma carta na manga para evitar reajustes abusivos no plano de saúde, como o aumento desproporcional da sinistralidade.
Assim, além de cuidar melhor das pessoas, o RH também consegue otimizar custos não só pela consulta aos especialistas, mas também com a realização de exames clínicos.
Um exemplo de implementação de programa a partir de dados ocupacionais aconteceu na Gupy, cliente e parceira da Salú. Confira abaixo o depoimento da Carol:
A Salú te ajuda a cuidar da saúde mental dos seus colaboradores!
Com a tecnologia e o time de especialistas que a Salú oferece, sobra mais tempo para o RH investir em ações de cuidado à saúde mental e questões emocionais, cognitivas e comportamentais do colaborador.
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