Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1 em cada 4 pessoas terão problemas auditivos até 2050.
Esse é apenas um entre vários motivos que fazem o otorrinolaringologista ser um profissional essencial na área da saúde.
Para entender melhor sobre o que faz o otorrinolaringologista, do que trata, quais os sintomas que indicam que é a hora de procurar um e até mesmo a sua importância para a saúde corporativa, continue lendo este post!
O que faz um otorrinolaringologista?
Popularmente conhecido como “otorrino”, o otorrinolaringologista é o médico responsável pela saúde dos ouvidos, nariz, laringe, garganta e pescoço, garantindo a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças que afetam essas áreas.
Para ser considerado um otorrinolaringologista, é preciso passar pela graduação em Medicina. Após a conclusão da graduação, a próxima etapa é realizar uma especialização ou residência médica em Otorrinolaringologia. No total, são aproximadamente nove anos de estudos, uma vez que a graduação tem duração total de seis anos e a especialização ou residência dura cerca de três anos.
Do que trata o otorrinolaringologista?
Por conta de sua atuação bastante ampla, o otorrino está apto a tratar de diversas condições médicas, desde infecção tal até câncer. A seguir, confira algumas doenças que podem ser tratadas pelo otorrinolaringologista:
- Otite (inflamação no ouvido);
- Labirintite (inflamação no ouvido interno);
- Rinite (alergia nas cavidades nasais);
- Sinusite (inflamação nas cavidades nasais);
- Epistaxe (sangramento nasal);
- Amigdalite (inflamação nas amígdalas);
- Faringite (inflamação na faringe);
- Disfagia (distúrbio da deglutição);
- Apneia (pausas na respiração durante o sono);
- Surdez (perda parcial ou total da audição);
- Distúrbios nas cordas vocais;
- Paralisia facial periférica;
- Câncer na área dos ouvidos, nariz, laringe, garganta e pescoço.
O otorrino também realiza cirurgias como correção de desvio de septo nasal, remoção das amígdalas, timpanoplastia (para tratamento de perfurações da membrana do tímpano), sinusectomia (para desobstrução dos seios nasais que causam a sinusite crônica), entre outros procedimentos cirúrgicos relacionados às regiões tratadas por esse médico.
Além disso, é o médico responsável por realizar exames como o BERA, audiometria tonal, audiometria vocal, exame otoneurológico, vectoeletronistagmografia (VENG), fibronasolaringoscopia, entre outros.
Quando procurar um otorrinolaringologista?
A presença de alguns sintomas pode indicar que uma consulta com o médico otorrinolaringologista deve ser marcada o quanto antes. Por isso, é preciso atenção a esses sinais:
Alterações na audição
Perda ou diminuição da capacidade auditiva, sensação de ouvido entupido, zumbido nos ouvidos (tinido) ou qualquer mudança significativa na audição.
Dor de ouvido
Dor aguda, desconforto ou sensação de pressão no ouvido, que pode ser acompanhada de secreção ou alterações auditivas.
Infecções de ouvido
Dor de ouvido persistente, febre, sensação de ouvido entupido, secreção no ouvido, dificuldades de audição. As infecções de ouvido afetam especialmente crianças.
Dor de garganta
Dor ou desconforto na garganta, dificuldade para engolir, rouquidão, amígdalas inflamadas ou vermelhas.
Ronco e apneia do sono
Ronco alto e frequente, pausas na respiração durante o sono, sonolência diurna excessiva.
Congestão nasal persistente
Nariz entupido, coriza constante, espirros, coceira no nariz, diminuição ou perda do olfato.
Sinusite crônica
Dor facial, pressão ou sensação de peso na região dos seios da face, congestão nasal persistente, secreção nasal.
Distúrbios da voz
Rouquidão persistente, mudança na qualidade vocal, dificuldade para falar ou cantar.
Tontura e vertigem
Sensação de tontura, vertigem (sensação de que o ambiente está girando), desequilíbrio, náuseas. Isso também pode ser um sintoma de labirintite emocional, em que a consulta com o otorrino auxilia a excluir hipóteses diagnósticas de doenças no ouvido interno.
Caroços no pescoço
Presença de nódulos, inchaços ou caroço no pescoço, região da garganta, mandíbula ou áreas próximas.
Esses são apenas alguns exemplos, mas é importante frisar que, em caso de qualquer sintoma ou preocupação relacionada às áreas tratadas pelo otorrinolaringologista, é recomendado agendar uma consulta o mais rápido possível para obter uma avaliação mais assertiva e tratamento adequado.
4 contextos para a atuação do otorrinolaringologista na saúde corporativa
O otorrinolaringologista é um médico essencial para a saúde corporativa. Entre as doenças ocupacionais existentes, várias delas estão associadas aos ouvidos, nariz, laringe, garganta e pescoço.
Confira 4 situações de saúde corporativa que podem contar com a atuação do otorrinolaringologista.
1. Ruídos no trabalho
O otorrino atua no tratamento de doenças do trabalho como perda auditiva devido a ruídos no trabalho, rinite ou sinusite ocupacional e distúrbios da voz causados pelas demandas vocais do dia a dia profissional.
A NR-15 é uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que estabelece os limites de tolerância para exposição ocupacional a agentes físicos, químicos e biológicos que podem ser prejudiciais à saúde dos trabalhadores ou de um Grupo Homogêneo de Exposição (GHE).
2. Exames ocupacionais
No que diz respeito aos exames ocupacionais, esse especialista também pode realizar exames complementares a depender da profissão exercida. Doenças otorrinolaringológicas são uma razão frequente de afastamento do trabalho e, nesse caso, o exame de retorno ao trabalho pode ser feito por um otorrino.
3. SIPAT
É possível também convidar um médico especialista em otorrinolaringologia para orientação e conscientização dos colaboradores de uma empresa.
É uma ótima ideia fazer isso na Semana Interna de Prevenção ao Acidente do Trabalho (SIPAT), em que o médico pode orientar sobre cuidados adequados para manter a saúde do ouvido, nariz, laringe, garganta e pescoço no ambiente de trabalho e tirar eventuais dúvidas dos colaboradores.
4. PGR e PCMSO
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) são indispensáveis para as empresas, conforme estabelecem as normas regulamentadoras.
Para o cumprimento desses programas, o otorrino pode auxiliar na qualidade de vida dos colaboradores avaliando os riscos do local de trabalho, e orientando medidas como controle de ruído, ventilação adequada, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e redução ou eliminação da exposição a substâncias alérgenas.
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