Você sabe qual é o momento ideal para consultar um cardiologista?
Na vida corporativa, esse especialista pode ser consultado pelos colaboradores para a realização dos exames complementares. No entanto, muitas pessoas acabam buscando o cardiologista sem qualquer necessidade clínica.
Por esse motivo, é fundamental que a área de recursos humanos compreenda de que maneira essas consultas impactam não só a saúde das pessoas, mas também os custos da empresa com plano de saúde!
É sobre isso que vamos falar no post de hoje: o que é esse profissional, do que trata e qual a sua importância para a saúde ocupacional.
Acompanhe!
O que é cardiologista?
Cardiologista é o médico responsável pela prevenção, tratamento e diagnóstico de doenças relacionadas ao coração e ao sistema cardiovascular, que inclui, além do coração, as artérias, as veias e os capilares que permitem o transporte adequado do sangue.
Para se tornar um cardiologista, deve-se, primeiramente, concluir a graduação em Medicina, que dura seis anos, e, depois, realizar uma especialização em Cardiologia, com duração média de dois anos.
Do que trata um cardiologista?
O cardiologista é apto para tratar diversas condições de saúde. Listamos algumas delas abaixo:
Insuficiência cardíaca
Esse problema ocorre quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para atender as necessidades do corpo.
Arritmia
É uma perturbação no ritmo normal do coração, podendo ser rápida (taquicardia) ou lenta (bradicardia).
Valvulopatia
Problema nas válvulas cardíacas, que pode levar ao refluxo de sangue ou estenose, dificultando o fluxo sanguíneo.
Hipertensão arterial
É a pressão arterial elevada, um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares.
Com o sistema da Salú, o RH consegue saber o percentual de pessoas na base de colaboradores com tendência a desenvolver o quadro de hipertensão e, dessa forma, construir programas de saúde direcionados para a prevenção dessa condição.
Por meio da anamnese ocupacional, dados de saúde – como o histórico de risco familiar e histórico clínico do colaborador – são coletados e estruturados no sistema Salú. O RH consegue acompanhar tudo por meio de um dashboard e, com a ajuda do nosso time, construir ações com foco nas principais doenças da população de colaboradores.
Cardiomiopatias
São doenças que afetam o músculo cardíaco, podendo resultar em insuficiência cardíaca ou outras complicações.
Pericardite
É a inflamação do revestimento que envolve o coração (pericárdio).
Endocardite
É a inflamação da camada interna do coração, geralmente envolvendo as válvulas cardíacas.
Doença arterial coronariana (DAC)
É o estreitamento das artérias coronárias que fornecem sangue e oxigênio ao músculo cardíaco, podendo levar à angina (dor no peito) ou até mesmo a um ataque cardíaco.
Trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar
São condições em que ocorre a formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, podendo se deslocar para os pulmões.
Doenças congênitas do coração
Malformações na estrutura do coração presentes desde o nascimento.
Síncope (desmaio)
Perda temporária da consciência, muitas vezes relacionada a problemas cardíacos.
Os cardiologistas utilizam uma variedade de exames e testes para diagnosticar tais condições, como exames de sangue, eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, teste ergométrico, entre outros.
Quando consultar um cardiologista?
Existem alguns sinais que indicam que é o momento de procurar um cardiologista. São eles:
- Dor no peito: Sentir dor ou desconforto no peito pode ser um sintoma de várias condições cardíacas. É recomendado buscar atendimento médico imediato no caso de dor no peito intensa, prolongada ou associada a outros sintomas como falta de ar, sudorese excessiva ou dor que se irradia para o braço esquerdo, pescoço ou mandíbula;
- Falta de ar: Sentir falta de ar sem motivo aparente ou com atividades leves também pode ser um sinal de problemas cardíacos;
- Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos irregulares, acelerados ou fortes pode indicar arritmia cardíaca;
- Inchaço nas pernas ou tornozelos: Edema (inchaço) nessas regiões pode ser um indício de insuficiência cardíaca;
- Desmaio ou pré-síncope: Perda temporária da consciência ou sensação de tontura e desmaio iminente podem ser causados por problemas do coração;
- Alterações em exames: Se os resultados de exames de sangue ou outros exames de saúde apontarem para possíveis problemas cardiovasculares, é importante buscar um cardiologista para avaliação adicional.
É importante ressaltar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Por isso, para além da cardiologista curativa, a cardiologista preventiva é fundamental na atuação contra essas doenças.
Por isso, é importante consultar um cardiologista para realizar exames de rotina, fazer uma avaliação cardiológica antes de iniciar um programa de exercícios físicos rigorosos (especialmente para pessoas com mais de 40 anos ou que possuam fatores de risco), em caso de histórico familiar de doenças cardiovasculares e doenças preexistentes.
No caso de diagnósticos, o cardiologista pode prescrever tratamentos como medicamentos, mudanças no estilo de vida, intervenções cirúrgicas ou procedimentos não invasivos para melhorar a saúde cardiovascular dos pacientes.
Da perspectiva preventiva, ele está envolvido na identificação de fatores de risco para doenças cardíacas e no aconselhamento sobre medidas preventivas, como alimentação saudável, exercícios e abandono do tabagismo, por exemplo.
O papel do cardiologista na saúde ocupacional
O cardiologista é essencial para a saúde ocupacional, especialmente no que diz respeito a avaliar a aptidão cardiovascular dos colaboradores para garantir a segurança no ambiente de trabalho.
Nos exames ocupacionais, avaliações cardiológicas podem ser requeridas para identificar possíveis fatores de risco ou condições que podem ser relevantes para a atuação profissional.
A depender da profissão, inclusive, é obrigatório passar por exames periódicos para avaliar a saúde cardiovascular dos funcionários e identificar problemas ou alterações que possam afetar o desempenho no trabalho.
Em caso de eventos cardíacos súbitos ou suspeitos ocorridos no ambiente laboral, o cardiologista pode participar da investigação para determinar a causa e avaliar se fatores cardiovasculares podem ter contribuído para o acidente de trabalho.
Vale ressaltar que, em caso de acidentes ocupacionais, é necessário abrir uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) através do eSocial, que se tornou obrigatório para todas as empresas em 2023.
O cardiologista também atua na prevenção de doenças ocupacionais. O profissional pode oferecer orientações para evitar problemas cardíacos relacionados ao trabalho, como aconselhar sobre o controle da pressão arterial, redução de estresse e manutenção de uma alimentação saudável.
É sempre uma boa ideia incluir cardiologistas para ações de saúde dentro das empresas, inclusive na Semana Interna de Prevenção ao Acidente de Trabalho (SIPAT), promovendo o diálogo com os colaboradores e dando a eles a oportunidade de esclarecer possíveis dúvidas.
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