A falta de tempo tem sido uma das principais razões apontadas para problemas relacionados ao estresse, inclusive no ambiente de trabalho.
Isso já era o que constava em uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association Brasil (ISMA-BR) em 2010, que apontou que 62% dos brasileiros sofrem com a falta de tempo.
Nesse cenário, gestores lidam com o grande desafio que é fazer uma gestão de tempo humanizada, que contemple assuntos do trabalho sem desconsiderar aspectos da vida pessoal dos colaboradores.
Mas, afinal, quais são os efeitos da má gestão de tempo? E mais importante: que atitudes tomar para promover uma gestão de tempo que concilie vida pessoal e vida profissional?
Vem com a gente para entender mais sobre esses aspectos tão relevantes para uma estratégia eficiente de saúde corporativa. Boa leitura!
Por que as pessoas estão ficando cada vez mais sem tempo?
Existem várias razões que contribuem para o estresse causado pela falta de tempo. Uma delas é o ritmo acelerado da sociedade atual, que vive em constante movimento, com altas demandas e expectativas. Isso faz com que as pessoas se envolvam em múltiplas atividades e compromissos, resultando na sensação de que não há tempo.
Uma rotina sobrecarregada de responsabilidades em que, além das obrigações pessoais, também há demandas familiares, sociais e pessoais que exigem atenção e tempo disponível é uma causa possível para que as pessoas sintam que não possuem disponibilidade para lidar com todas as áreas da própria vida.
A tecnologia, ainda que tenha facilitado muitos aspectos da vida, também acaba sendo uma razão para a falta de tempo, afinal, as pessoas estão frequentemente conectadas através de smartphones, redes sociais e outras formas de comunicação digital, o que pode levar a uma sensação de sempre precisar estar disponível, reduzindo o tempo para outras atividades.
Nesse sentido, as distrações são muitas nos tempos de hoje. Há, ainda, transtornos mentais que afetam a capacidade de concentração e a noção do tempo, como é o caso do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que pode ter como implicação uma má gestão do tempo.
A falta de habilidades de gestão do tempo, aliás, é uma causa comum para a falta de tempo. A ausência de conhecimento e práticas adequadas de organização pode resultar em estresse pela sensação de não haver tempo de conciliar todas as atividades.
O que é uma boa gestão de tempo?
Gerir bem o próprio tempo é uma habilidade essencial para ser produtivo e eficiente nas atividades diárias: envolve organização e planejamento, assim como a definição de prioridades e utilização do tempo de forma eficaz, de modo a alcançar os objetivos e cumprir as tarefas de forma satisfatória.
No caso de profissionais de RH, a automatização de processos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) é uma boa maneira de otimizar a gestão de tempos. Isso porque há uma lista extensa de responsabilidades de SST que ficam a cargo dessa área, como cumprir todas as normas regulamentadoras, implantar programas, garantir a realização de exames ocupacionais, entre outros.
Contar com parcerias certas também faz diferença na gestão de tempo. É o caso da Salú, que centraliza e executa toda a rotina de saúde ocupacional e segurança do trabalho para que você não precise passar horas do mês cuidando de demandas operacionais, como agendamento de exames.
O esforço para melhorar o equilíbrio do tempo deve começar em relação aos processos da própria empresa. Caso contrário, a má gestão de tempo pode trazer uma série de consequências, como veremos a seguir.
Quais as consequências de uma má gestão de tempo?
Quando não há equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, há grandes chances de surgirem danos físicos, psicológicos e profissionais. Um dos dois lados, pessoal ou profissional, geralmente acaba saindo bem prejudicado. Confira alguns efeitos causados por uma má gestão de tempo:
Problemas físicos
É possível que a dificuldade de gerir bem o tempo provoque danos físicos como tendinite, dor na lombar, dores de cabeça e musculares. Doenças ocupacionais como LER e DORT também podem ser causadas por esse motivo.
Queda na produtividade
Quando o tempo não é gerenciado da forma adequada, a tendência é haver uma sensação de sobrecarga e, assim, as tarefas podem ser realizadas de forma desorganizada. Isso causa uma produtividade mais baixa, uma vez que as atividades não são executadas de maneira eficiente e o tempo acaba sendo perdido com distrações ou tarefas menos importantes.
Descumprimento de prazos
Uma má gestão do tempo pode levar a atrasos na conclusão de tarefas e projetos. Quando não ocorre a priorização correta das entregas, não é dedicado tempo suficiente a cada uma delas, e é mais provável que os prazos estabelecidos não possam ser cumpridos, afetando a reputação profissional e prejudicando as relações com clientes, colegas ou gestores.
Qualidade do trabalho comprometida
Em um momento de pressão devido a má gestão do tempo, a qualidade do trabalho pode acabar comprometida. Diante da falta de tempo para realizar um dever de maneira apropriada pode implicar em erros, falta de atenção aos detalhes e, consequentemente, entrega de um trabalho de baixa qualidade.
Conflitos familiares e sociais
É comum que pessoas dediquem mais tempo ao trabalho que à vida pessoal, deixando pouco ou nenhum tempo para amigos, família e relações amorosas, podendo causar até mesmo rompimentos nessas relações.
Transtornos mentais
A ansiedade, a depressão e a Síndrome de Burnout, que se trata de um transtorno específico do ambiente de trabalho, têm se tornado cada vez mais comuns e são facilitados pelo desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
8 passos para uma boa gestão de tempo
Gerenciar bem o tempo ajuda a aumentar a produtividade, reduzir o estresse, otimizar as oportunidades, melhorar a qualidade do trabalho e a organização. Segue algumas dicas para uma gestão do tempo adequada:
1) Defina objetivos claros
Ter clareza sobre o que precisa ser alcançado antes de iniciar qualquer tarefa é primordial. Sendo assim, estabeleça metas específicas e mensuráveis para orientar as suas ações.
2) Estabeleça prioridades
Definir quais são as suas prioridades é importante para os momentos que tiver que fazer escolhas. Tendo uma lista de prioridades, é mais fácil alinhar suas escolhas com elas.
E lembre-se: se tudo é prioridade, nada é prioridade! Priorizar implica definir uma ordem de importância para realização das tarefas e atividades.
3) Delegue tarefas sem medo
Muitas vezes, pode ser necessário compartilhar responsabilidades e delegar tarefas apropriadas a outras pessoas. Isso ajudará a distribuir a carga de trabalho e a otimizar seu tempo.
4) Aprenda a dizer “não”
É imprescindível estabelecer limites e aprender a dizer “não” quando for preciso. Nem sempre é possível assumir todas as tarefas que são apresentadas. Não esqueça de priorizar as suas responsabilidades e evite a sobrecarga.
5) Elimine distrações
Identifique as principais distrações que impedem seu foco e busque eliminá-las. Desligue as notificações do celular, feche as abas desnecessárias do navegador e encontre um ambiente de trabalho tranquilo, se possível.
6) Evite a procrastinação
A procrastinação é um dos principais obstáculos para uma gestão eficaz do tempo. Por isso, caso identifique motivos que levam ao adiamento de tarefas, coloque em prática estratégias para superar esse hábito.
7) Utilize técnicas de gestão de tempo
Existem diversas técnicas de gestão de tempo que podem ajudar a aumentar a produtividade. Uma delas é a técnica Pomodoro, em que o trabalho é realizado em blocos de tempo definidos e pausas regulares. Também há a matriz de Eisenhower, que ajuda a classificar tarefas com base na importância e urgência.
8) Invista em autocuidado
Cultivar hábitos saudáveis e garantir o bem-estar através de uma alimentação equilibrada, rotina de atividades físicas, exames regulares, disponibilidade para lazer e tempo de qualidade nas relações é essencial para evitar o estresse causado pela pressão da falta de tempo.
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