Saúde assistencial, saúde ocupacional e saúde corporativa: Entenda o 3 conceitos!

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Quem lida diretamente com gestão de saúde na empresa costuma ouvir um monte de terminologias diferentes: saúde corporativa, saúde ocupacional, saúde assistencial… E por aí vai.

Mas será que todas essas expressões significam a mesma coisa? Bem, para conter a ansiedade: a resposta é que não! Mas é verdade que elas podem – e devem – ser pensadas de maneira integrada, e é por isso que este texto existe!

Vamos explicar o que esses três conceitos querem dizer e como a área de recursos humanos pode construir um planejamento integral de saúde que realmente atenda às necessidades da empresa.

Vamos lá?! 

O que é saúde assistencial? 

De forma objetiva, a saúde assistencial pode ser entendida como uma perspectiva que enfatiza a atenção primária a todos os aspectos de saúde da vida de um ser humano. Isso envolve não só a prevenção de doenças, mas também a própria conscientização sobre o que significa “ter saúde”. 

No entanto, no âmbito acadêmico, há um grande debate sobre o uso dessa terminologia. Conforme exposto neste artigo, o modelo assistencial de saúde possui uma série de variações terminológicas de origem multifatorial, desenhando, assim, um desafio para a atenção básica de saúde. 

Em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu “saúde” como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. 

Ou seja: além da prática de atividades físicas, reconhecidamente benéficas para a saúde, a saúde assistencial deve olhar para práticas sociais – como o lazer, comemoração, entretenimento – e de cuidado mental. 

Portanto, a saúde assistencial está relacionada à prevenção de doenças, e isso é possível porque o indivíduo está no centro do seu foco. Isso é chamado de Atenção Primária à Saúde (APS). 

Como a empresa promove saúde assistencial?

Você pode estar achando tudo muito abstrato até agora, mas vamos te dar um exemplo para ficar mais claro. 

Na prática, as ações de conscientização sobre temas de saúde são boas táticas de saúde assistencial que uma empresa pode adotar. 

Para orientar esse processo, o RH pode se guiar pelo Calendário Colorido de Saúde, que organiza campanhas sobre doenças para todos os meses do ano. Por exemplo: Setembro amarelo (prevenção ao suicídio) e Abril verde (prevenção às doenças e acidentes de trabalho). 

No blog da Salú temos um outro texto sobre calendário colorido de saúde, vale a pena a leitura!  

O que é saúde ocupacional?

Imagina como seria a vida no trabalho se não existissem regras para definir padrões de segurança? Com certeza, o número de CAT emitidas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais seria muito maior do que já é – infelizmente! 

Esse cenário ajuda a entender o porquê da saúde ocupacional existir. 

A saúde ocupacional diz respeito ao conjunto de regras, procedimentos, programas e obrigações com o qual as empresas e os colaboradores precisam cumprir para garantir que o trabalho decorra de maneira segura e sadia. 

A maioria de nós passa a maior parte da semana se dedicando ao trabalho, seja no escritório, intercalando entre os dois ou até frequentando outros tipos de ambiente. Assim, a influência que esses espaços têm sobre a nossa saúde é inevitável. 

Por conta disso, as medidas e ferramentas de saúde ocupacional visam a redução dos riscos no ambiente de trabalho para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Portanto, quando se trata de saúde ocupacional, estamos falando de um conjunto de normas que precisam ser cumpridas por definição legal

Quem tem mais familiaridade com saúde ocupacional e segurança do trabalho, sabe muito bem que normas são essas: trata-se das normas regulamentadoras! Vamos falar mais sobre elas adiante, espere um pouquinho.

Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho

Para se ter noção, no Brasil existe a LDRT – Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho. 

A primeira LDRT, publicada em 1999, continha 182 códigos de diagnósticos. Já a proposta de atualização da LDRT, apresentada em 2020, ampliou esse número para 347 códigos de diagnósticos

É muita doença relacionada ao trabalho, não é mesmo?!

A maioria dos códigos incluídos na LDRT de 2020 têm relação com Transtornos Mentais e Comportamentais. 

Um artigo publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) explicou como foi proposta a atualização da LDRT, que ainda não está em vigor. 

Normas regulamentadoras e saúde ocupacional 

De acordo com a definição do site do Ministério do Trabalho:

“As Normas Regulamentadoras são disposições complementares ao Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.”

No total, são 38 normas regulamentadoras, e elas estão classificadas em: setoriais, especiais e gerais (veja a tabela de classificação). 

As normas regulamentadoras estabelecem diretrizes para a implementação de programas, serviços e agrupamentos voltados para a saúde ocupacional. Alguns desses mecanismos são: 

  • PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que determina a realização de exames ocupacionais com o médico do trabalho
  • SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, popularmente chamado de  “ambulatório” ou “espaço saúde”. É uma área focada em saúde ocupacional que existe em algumas empresas. A presença do SESMT depende de fatores como grau de risco e quantidade de colaboradores. 
  • CIPA – A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio é composta por colaboradores da própria empresa que atuam para assegurar que medidas de saúde e segurança sejam colocadas em prática na empresa. 

Dados de saúde ocupacional

A gestão e análise de dados de saúde ocupacional costuma deixar profissionais de recursos humanos com interrogações na cabeça. Afinal, como ter controle de tantos exames? Será que existe alguma maneira de utilizar os dados das anamneses ocupacionais para construir programas de saúde?

Para esclarecer esses pontos, a inteligência de dados é uma grande aliada. No sistema da Salú, por exemplo, o RH consegue acessar um dashboard com dados epidemiológicos de todos os colaboradores. Esses dados são gerados no momento da anamnese, que é preenchida pelo colaborador também no sistema. 

Com as informações da anamnese, é possível mapear a incidência de doenças e condições de saúde na população para endereçar os temas com mais cuidado. 

Além disso, o sistema da Salú também facilita o acompanhamento da realização dos exames ocupacionais e a gestão de pendências. Todo o trabalho operacional, do acionamento da clínica ao upload do ASO, é feito pelo time de concierge da Salú. Tudo que o RH precisa fazer é observar a evolução dos casos no sistema! 

SAÚDE CORPORATIVA, SAÚDE ASSISTENCIAL, SAÚDE OCUPACIONAL
Fonte: Salú.

O que é saúde corporativa? 

Enfim, chegou o momento dela: a saúde corporativa. Se você acompanhou o texto até aqui, deve ter percebido que as noções de saúde não se anulam: na verdade, elas se complementam. E a saúde corporativa é um macroconceito que dá ainda mais ênfase a essa complementaridade. 

Saúde corporativa é definida como a abordagem estratégica de todos os fatores biopsicossociais que impactam o dia a dia dos colaboradores de uma empresa com o intuito de transformar as diferentes caixas da gestão de saúde de uma empresa em um processo de governança corporativa. 

Isso faz com que a saúde empresarial deixe de ser um processo burocrático e se torne um diferencial competitivo e amplamente sustentável.

Portanto, quando falamos de saúde corporativa estamos nos referindo à gestão de todos os aspectos de saúde de uma empresa – o que está muito além apenas da saúde ocupacional ou assistencial. A gestão biopsicossocial e a gestão de estresse, por exemplo, são pilares importantes dessa estratégia, que deve ser baseada em dados. 

Por se tratar de uma perspectiva de gestão estratégica, a saúde corporativa merece especial atenção para ser implantada e colocada em prática. Pensando nisso, elaboramos um artigo mais robusto com todas as informações que podem ser interessantes para esse processo. Leia no link abaixo!

Como as estratégias se conectam? 

Saúde assistencial, saúde ocupacional e saúde corporativa se conectam no ponto de que todas visam garantir condições de saúde que abarquem múltiplas necessidades humanas, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele. 

Logo, não se trata apenas de ter um ambiente adequado às normas de segurança do trabalho, nem somente de promover campanhas de conscientização, mas de disseminar a conscientização de que todos os fatores de saúde estão interligados, da alimentação saudável ao momento de lazer com os amigos. 

Oferecer o plano de saúde aos colaboradores sem criar uma atmosfera de trabalho em que não se discute saúde não é uma solução eficiente. As pessoas podem até recorrer ao plano para tratar doenças – muitas vezes, até realizam exames e consultas sem necessidade, o que gera mais custo. 

No entanto, como ficou bem claro aqui, ter saúde não se trata apenas de não estar doente, mas de contemplar vários aspectos, individuais e coletivos, do bem-estar humano. 

Saúde é com a Salú!

Mais do que simplificar a rotina de saúde ocupacional, executando 100% da operação pelo RH, a Salú te ajuda a construir uma estratégia de saúde corporativa que se adeque à realidade da sua empresa. 

Para desburocratizar o dia a dia do RH, nós cuidamos de todos os processos do eSocial e oferecemos soluções integradas para automatizar processos, como é o caso da integração admissional + ocupacional.

Pronto para transformar a saúde da sua empresa? 

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